Subscrever Newsletter - Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa no sistema financeiro.

Subscrever Newsletter

Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa no sistema financeiro.

Submeter

Ao subscrever aceito a Política de Privacidade

3 min leitura

Banca italiana apoia euro digital

Custo de implementação estimado para a banca pelo BCE vai até 5,8 mil milhões. 14 bancos europeus endereçaram uma carta a manifestar-se contra o euro digital.

10 Nov 2025 - 16:56

3 min leitura

Foto: Unsplash

Foto: Unsplash

O diretor-geral da Associação de Bancos Italiana, Marco Elio Rottigni, adiantou, nesta segunda-feira, que o setor bancário de Itália é favorável à criação do euro digital pois este “incorpora um conceito de soberania digital”. O euro digital avançou recentemente para a fase seguinte, após a fase de preparação ter terminado a 31 de outubro e ter sido aprovada pelo Conselho Governador do Banco Central Europeu (BCE).

Rottigni, citado pela Reuters, alertou, contudo, para os elevados custos de implementação para os bancos, pelo que apela a que estes sejam distribuídos ao longo de algum tempo, de forma a aligeirar o seu impacto. Recorde-se que, no relatório final da fase de preparação, o BCE estimou que a banca europeia vai ter custos de implementação do euro digital entre 4 mil a 5,8 mil milhões de euros.

Para o Eurossistema, o regulador conta com uma despesa de cerca de 1,3 mil milhões até à primeira emissão – prevista para 2029 – e, após isso, um custo anual de 320 milhões. A data de 2029 surge numa situação em que o Parlamento Europeu aprova a legislação algures em 2026, permitindo o projeto-piloto avançar em meados de 2027.

O BCE tem apelado ao avanço desta tecnologia, de forma a garantir a soberania sobre os modelos de pagamento. Piero Cipollone, da Comissão Executiva do BCE, reforçou aquando da publicação do relatório final referido que o dinheiro é um “bem público”, tal como a presidente do supervisor europeu, Christine Lagarde, já defendeu no passado como justificação para a criação do euro digital, num contexto em que as ‘stablecoins’ – do domínio privado – continuam a ganhar terreno.

Por outro lado, o euro digital tem assistido a resistência por parte de outros agentes do setor, nomeadamente os bancos constituintes da EPI, responsável pelo Wero, um sistema de pagamentos digitais que opera na Europa Central. 14 bancos endereçaram recentemente uma carta aberta ao BCE a apelar ao desinvestimento no euro digital e, na sua vez, ao apoio a soluções como o Wero.

Sobre este aspeto, Rottigni não tomba para nenhum lado em específico, argumentando que os bancos italianos são a favor tanto de uma moeda digital do banco central como dos bancos comerciais. O diretor-geral da associação bancária realça apenas a necessidade de celeridade para que a Europa não fique para trás.

Subscrever Newsletter

Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa no sistema financeiro.

Ao subscrever aceito a Política de Privacidade