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Banco de Inglaterra mantém taxas de juro nos 4%
Votação renhida no Comité de Política Monetária, com cinco membros a favor da manutenção e quatro a favor da descida
06 Nov 2025 - 13:03
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Andrew Bailey, governador do Banco da Inglaterra | Foto: BCE
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Andrew Bailey, governador do Banco da Inglaterra | Foto: BCE
O Banco de Inglaterra (BoE) decidiu manter as taxas de juro inalteradas em 4% pela segunda vez consecutiva. A votação no Comité de Política Monetária foi renhida, com cinco membros a votarem pela manutenção e quatro a favor da descida para 3,75%.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, o banco refere que “a inflação medida pelo IPC atingiu o seu pico (3,8%). O progresso na desinflação subjacente continua, sustentado pela postura ainda restritiva da política monetária. Isso reflete-se na desaceleração do crescimento salarial e da inflação dos preços dos serviços. A desinflação subjacente está a ser apoiada pelo crescimento económico moderado e pela falta de dinamismo no mercado de trabalho”.
“A política monetária está a ser definida de forma a equilibrar os riscos relacionados com o cumprimento sustentável da meta de inflação nos 2%. O risco de uma maior persistência da inflação tornou-se menos pronunciado recentemente, enquanto o risco para a inflação de médio prazo decorrente de uma procura mais fraca se tornou mais evidente. No geral, os riscos estão agora mais equilibrados. No entanto, são necessários mais dados”, refere o supervisor.
Cinco membros (o governador Andrew Bailey, Megan Greene, Clare Lombardelli, Catherine L. Mann e Huw Pill) preferiram manter a taxa de juro em 4% nesta reunião. Quatro destes membros (Megan Greene, Clare Lombardelli, Catherine L. Mann e Huw Pill) atribuíram maior peso aos riscos de persistência da inflação, o que exigiria uma restrição mais prolongada da política monetária.
Embora tenha havido algum progresso na desinflação subjacente, estes membros manifestaram preocupação com a possibilidade de estagnação, atribuindo especial importância ao risco de expectativas de inflação mais elevadas. O governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, considerou que os riscos gerais para a inflação de médio prazo diminuíram, tornando-se mais equilibrados.
Quatro membros (Sarah Breeden, Swati Dhingra, Dave Ramsden e Alan Taylor) preferiram uma redução de 0,25 pontos percentuais na taxa de juro. Segundo estes, a desinflação estava mais consolidada e a folga atual e prevista deveria permitir que a inflação subjacente regressasse a níveis consistentes com a meta. Estes membros atribuíram maior peso aos riscos em baixa, considerando que estes refletiriam a continuação das tendências atuais, com preocupações específicas de que a poupança das famílias se mantenha elevada e afete o consumo. Para dois membros deste grupo (Swati Dhingra e Alan Taylor), a política monetária já era suficientemente restritiva, podendo prejudicar indevidamente a atividade económica e, eventualmente, conduzir a uma inflação abaixo da meta no médio prazo.
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