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Banco de Moçambique deu razão a 85% das queixas dos clientes dos bancos em 2024
O Banco de Moçambique devolveu 18 milhões de meticais. O número de queixas cresceu 62% e os lucros dos bancos caíram 21,9% devido a custos operacionais altos e perdas.
13 Out 2025 - 11:43
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O Banco de Moçambique deu razão a 85% das 1809 reclamações apresentadas pelos clientes dos serviços financeiros em todo o ano de 2024, levando à devolução de 18 milhões de meticais (243 mil euros), segundo dados oficiais. De acordo com dados de um relatório de inclusão financeira, do banco central e consultado nesta segunda-feira pela Lusa, o Departamento de Supervisão de Conduta do regulador bancário recebeu em segunda instância, no ano passado, 1809 reclamações. Destas, 1213 (67%) foram tratadas e encerradas no mesmo ano, “sendo de destacar 1.025 reclamações (perto de 85%), cujo despacho final foi favorável aos consumidores financeiros, em face de diversas irregularidades cometidas pelas instituições de crédito e sociedades financeira”.
“Além da emissão de determinações específicas às instituições visadas para a correção das irregularidades detetadas, as reclamações concluídas favoravelmente aos consumidores financeiros resultaram na recuperação e devolução de aproximadamente 18 milhões de meticais, que tinham sido indevidamente cobrados aos reclamantes”, acrescenta-se no relatório do banco central.
O número de reclamações contra a banca moçambicana “continuou com tendência crescente” no ano passado, mais 62% do que em 2023.
Funcionam em Moçambique 15 bancos comerciais e 12 microbancos, além de cooperativas de crédito e organizações de poupança e crédito, entre outras.
Os lucros dos bancos moçambicanos recuaram 21,9% em 2024, para o equivalente a cerca de 900 mil euros por dia, segundo dados do Banco de Moçambique no relatório de estabilidade financeira de junho, noticiado anteriormente pela Lusa.
O banco central explicou no documento que a redução nos resultados líquido da banca, que totalizaram 24 mil milhões de meticais (319,4 milhões de euros), resulta, por um lado, “do aumento dos custos operacionais, com destaque para os gastos com pessoal, em 7,88%”, mas também “da redução de outros resultados de exploração, refletindo o aumento das perdas por imparidade em 44,60%”.
Em 2023, o lucro dos bancos moçambicanos tinham crescido 8,12%, face ao ano anterior, referia-se no documento, acrescentando que, no resultado de 2024, 64,63%, equivalente a 16,82 mil milhões de meticais (223,8 milhões de euros), correspondem a apenas três instituições de crédito domésticas classificadas como sistémicas.
Agência Lusa
Editado por Jornal PT50
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