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Banco de Moçambique preocupado com falta de formação de agentes de carteiras móveis

A falta de formação sobre branqueamento de capitais prejudica a integridade, alerta o Banco de Moçambique. O número de agentes de carteiras digitais tem crescido de forma exponencial.

10 Out 2025 - 09:22

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Foto: Unsplash

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O Banco de Moçambique está preocupado com a integridade dos colaboradores das Instituições de Moeda Eletrónica (IME), que funcionam via telemóvel, apontando que a formação sobre branqueamento de capitais é praticamente inexistente. Num relatório de avaliação, consultado pela Lusa, o banco central reconhece que as IME “adotam medidas criteriosas de seleção”, para “evitar contratação de colaboradores com registo no seu histórico de eventuais responsabilizações em matérias criminais, quer a nível doméstico ou internacional”.

Acrescenta que “os colaboradores são municiados de ferramentas de orientação de integridade e profissionalismo, a todos os níveis”, mas aponta: “Contudo, os esforços internos das instituições de moeda eletrónica ficam prejudicados devido ao tipo de negócio que é conduzido, essencialmente, com base nos agentes e que muitas vezes não têm a formação e integridade necessárias”.

Recorda que a legislação de prevenção e combate ao branqueamento de capitais “prevê medidas de garantia de confidencialidade e exclusão de responsabilidade dos colaboradores das instituições que cumpram com as medidas impostas”, incluindo “a comunicação de operações suspeitas”.

Reconhece igualmente que as IME, que prestam serviços financeiros via telemóvel e na rua, “têm estado a evoluir, no que diz respeito a formações dos seus quadros em matéria de prevenção e combate ao branqueamento de capitais”, mas que as “formações aos agentes são quase inexistentes, apesar de serem a base de contacto entre a instituição e os clientes”. “Há necessidade de as instituições de moeda eletrónica não só avaliarem o risco associado aos agentes, como também realizarem ações de formação destinadas aos mesmos”, defende o relatório do Banco de Moçambique.

O número de agentes de carteiras digitais em Moçambique voltou a disparar no primeiro trimestre de 2025, para 351 921, segundo dados do banco central noticiados anteriormente pela Lusa. De acordo com o relatório de indicadores de inclusão financeira, trata-se de uma cobertura de 1817 agentes e 110 contas IME por cada 100 mil adultos. Esta cobertura, que já chega a todos os 154 distritos do país, tem vindo progressivamente a crescer, atingindo o recorde anterior no final de 2024, de 1686 agentes IME por cada 100 mil adultos, quando em 2019 se fixava em apenas 350. No final de 2024, o número de agentes de carteiras digitais em Moçambique ascendia a 315.005, segundo o histórico do banco central.

 

Agência Lusa

Editado por Jornal PT50

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