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Banco de Portugal alerta para falsas propostas de trabalho
Supervisor avisa para o risco de utilização de contas bancárias como “passagem de valores obtidos de modo fraudulento”
22 Out 2025 - 16:54
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Foto: Pexels
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O Banco de Portugal (BdP) emitiu, nesta quarta-feira, um alerta para ajudar os cidadãos a identificar mensagens e chamadas telefónicas com falsas propostas de trabalho, que, na realidade, correspondem a fraudes financeiras.
Segundo o supervisor, em muitos casos, o objetivo destes contactos é convencer as vítimas a efetuar pagamentos ou a utilizar as suas contas bancárias como “contas-mula”, isto é, como meio de passagem de valores obtidos de forma fraudulenta.
“A tentativa de fraude começa com uma mensagem ou chamada telefónica, possivelmente a partir de um número estrangeiro, com uma oferta de emprego à qual não se candidatou. Trata-se de um emprego online, que pode ser realizado a partir de casa e promete rendimentos elevados. Estas ofertas podem também ser divulgadas nas redes sociais, especialmente no WhatsApp ou no Telegram, através de anúncios ou mensagens diretas”, explica o BdP.
De acordo com o Banco de Portugal, as vítimas podem ser convidadas a aderir a grupos de chat (por exemplo, no WhatsApp ou Telegram), onde recebem mais informações sobre a suposta oferta de emprego, bem como instruções sobre as tarefas a executar.
“Prometem-lhe uma remuneração elevada por tarefas simples, como visualizar vídeos em plataformas online (por exemplo, YouTube, TikTok ou Tripadvisor), seguir determinadas páginas e perfis nas redes sociais ou escrever avaliações de estabelecimentos hoteleiros em plataformas de alojamento. As tarefas podem também consistir na transferência de montantes recebidos na sua conta para outras contas. Nestes casos, pretendem usar a sua conta como ‘conta-mula’, ou seja, para branquear capitais obtidos em atividades ilegais”, alerta o Banco de Portugal.
O supervisor bancário acrescenta que, em muitos casos, as redes criminosas exigem o pagamento de uma “taxa de inscrição” na alegada empresa, com a promessa de que esse valor será devolvido, acrescido de uma comissão, após a conclusão da primeira tarefa.
Em outros esquemas, o suposto trabalho envolve “tarefas pré-pagas”, nas quais os alvos têm de adiantar um montante para aceder a tarefas alegadamente mais lucrativas.
Alguns destes esquemas, segundo o BdP, podem estar associados a fraudes com criptoativos. “Para ganharem a sua confiança, os agentes criminosos podem pagar o valor correspondente às primeiras tarefas, normalmente pequenas quantias. Contudo, a determinada altura, os montantes exigidos para aceder a novas tarefas aumentam e os pagamentos deixam de ser efetuados. Se a vítima confrontar os burlões, é provável que deixem de estar contactáveis e eliminem os grupos de WhatsApp ou Telegram e as supostas páginas da ‘empresa’”, alerta o banco central.
No aviso, o Banco de Portugal sublinha a importância de desconfiar de oportunidades que prometem dinheiro fácil, recomendando que os cidadãos não cliquem em links de origem desconhecida, não adiram a grupos suspeitos, protejam os seus dados pessoais e nunca efetuem pagamentos adiantados.
Quando uma situação suscitar dúvidas, o BdP aconselha a não partilhar dados pessoais. Caso o titular detete movimentos não autorizados na sua conta, deve contactar imediatamente o seu banco ou outro prestador de serviços de pagamento.
Se for vítima de fraude, o cidadão deve denunciar a situação às autoridades policiais competentes — PSP, GNR ou Polícia Judiciária — ou ao Ministério Público, conclui o Banco de Portugal.
Agência Lusa
Editado por Jornal PT50
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