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Bancos americanos beneficiam de políticas mais flexíveis de Trump
As políticas do futuro presidente deverão diluir a polémica proposta final de Basileia III, que visa exigir que os grandes credores detenham mais capital para se protegerem contra empréstimos vencidos.
08 Nov 2024 - 10:10
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O setor bancário dos Estados Unidos deverá beneficiar com o regresso de Donald Trump à Casa Branca, por ser favorável à introdução de regras que facilitem aprovações e fusões, avançam analistas contactados pela agência Reuters.
Segundo os especialistas, as políticas do futuro presidente deverão diluir a polémica proposta final de Basileia III, que visa exigir que os grandes credores detenham mais capital para se protegerem contra empréstimos vencidos.
Embora os bancos já tenham conseguido grandes concessões nessa proposta, que, segundo eles, irá restringir os empréstimos e prejudicar a economia, o último projeto ainda aumentaria os requisitos de capital em cerca de 9% para os maiores credores, segundo uma fonte do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (FED, na sigla em inglês). “A regra final de Basileia pode estar completamente morta”, disse Gene Ludwig, diretor executivo da Ludwig Advisors, à Reuters.
Revelada depois do colapso de três bancos regionais no ano passado, a proposta de Basileia enfrentou uma intensa resistência e uma campanha de lobbying sem precedentes por parte dos grandes bancos, que argumentaram que as regras iriam corroer a sua vantagem competitiva.
A Reserva Federal concordou em atenuar a proposta em setembro, quando o vice-presidente para a Supervisão, Michael Barr, disse que o regulador iria rever e reeditar as regras mais tarde.
Outras regras planeadas que exigem que os bancos detenham mais dívida, bem como alterações aos regulamentos de liquidez, podem também estar em dúvida. “As perspetivas para o sector bancário são mais encorajadoras com Trump”, disse Dan Coatsworth, analista de investimentos da AJ Bell; à agência noticiosa. “Os bancos teriam menos restrições e seriam capazes de usar mais dinheiro para empréstimos ou recompra de ações.
Segundo os analistas, os reguladores financeiros “agressivos” da era Biden, incluindo Gary Gensler, da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, Lina Khan, da Comissão Federal de Comércio, e Rohit Chopra, do Gabinete de Proteção Financeira do Consumidor, também deverão ser substituídos por lideranças mais favoráveis aos negócios.
De salientar que as ações dos bancos americanos estão a subir com a vitória de Trump na Casa Branca. SSD
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