O Bank of Ireland reportou, nesta segunda-feira, um lucro antes de impostos de 1,86 mil milhões de euros, o que implica uma quebra de 4% face aos 1,94 mil milhões de 2023. O CEO da empresa, Myles O’Grady, em entrevista à Bloomberg, revelou ainda que pretende reduzir o número de postos de trabalho ao longo dos próximos três anos, de forma a aumentar a eficiência do banco e a aposta na tecnologia.

A empresa tem, atualmente, cerca de 11 mil trabalhadores e investiu 30 milhões de euros na simplificação do negócio no último ano, adianta no comunicado dos resultados para 2024. O CFO do Bank of Ireland, Mark Spain, numa outra entrevista à Bloomberg, destacou que a eficiência do banco é importante, especialmente num contexto em que as margens financeiras estão a encolher.

O banco irlandês vai distribuir lucros no valor de 1,22 mil milhões de euros, entre dividendos e recompra de ações. Esta distribuição corresponde a 80% do lucro líquido de 1,53 mil milhões disponível. O dividendo a pagar por ação é de 63 cêntimos, mais 3 cêntimos do que no ano anterior, segundo o comunicado da empresa.

As receitas do banco tiveram também uma descida, de 3%, para 4,31 mil milhões de euros. As despesas, por sua vez, cresceram 6% para 1,97 mil milhões. A margem financeira sofreu uma redução de 3%, fixando-se em 3,57 mil milhões de euros. O rácio de eficiência do banco foi de 46%.

Olhando para a capitalização do banco, é possível observar que o RoTE fixou-se em 16,8%, menos 0,5 pontos percentuais (pp). Já o rácio CET1 é de 14,6%, mais 0,3 pp do que em 2023, sendo que o rácio de capital total subiu 0,6 pp para 19,6%. O rácio de cobertura por liquidez subiu de 196% para 202%.