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BCE aponta 2029 como o ano do lançamento do “euro digital”

Piero Cipollone diz que Parlamento, Conselho e Comissão Europeia devem ter posições concertadas até maio de 2026, após o que iniciarão o trabalho conjunto de legislação

24 Set 2025 - 07:15

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Piero Cipollone, membro do Conselho Executivo do BCE | Foto: BCE

Piero Cipollone, membro do Conselho Executivo do BCE | Foto: BCE

Foi apontada pela primeira vez uma data provável para o lançamento do chamado “euro digital”, a versão desmaterializada da moeda única. A novidade foi avançada na passada terça-feira por Piero Cipollone, membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), durante um evento organizado pela Bloomberg. O responsável indicou 2029 como um “horizonte realista” para o lançamento do euro digital, que deverá materializar-se numa carteira de pagamentos online garantida pelo banco central, segundo noticiou a agência Reuters.

Cipollone afirmou que o Parlamento Europeu, o Conselho da União Europeia e a Comissão Europeia deverão ter as suas respetivas posições definidas até maio de 2026, após o que iniciarão o trabalho conjunto de elaboração legislativa. Uma vez estabelecido esse enquadramento, o BCE necessitará entre dois anos e meio e três anos para lançar a nova moeda.

Na passada sexta-feira registou-se um progresso importante em Copenhaga durante a reunião do Eurogrupo. Os ministros das Finanças da União Europeia encontraram-se com a presidente do BCE, Christine Lagarde, e com o comissário europeu Valdis Dombrovskis, tendo chegado a um acordo sobre os próximos passos na criação da moeda digital.

Isto permitirá que os ministros das Finanças da União Europeia tenham voz na decisão sobre se a moeda digital será emitida e sobre o limite de euros digitais que cada residente poderá deter, algo considerado crucial para atenuar os receios de uma fuga aos depósitos bancários.

“O compromisso a que chegámos é que, antes de o BCE tomar uma decisão final relativamente à emissão, haverá oportunidade para uma discussão no Conselho de Ministros”, declarou Paschal Donohoe, presidente do Eurogrupo, numa conferência de imprensa conjunta.

Esta semana, o presidente do banco central alemão – Bundesbank – sublinhou que “chegou o momento de os bancos centrais disponibilizarem um complemento digital ao numerário. As necessidades e preferências das pessoas mudaram. A tendência é pagar cada vez menos em numerário. No entanto, continuam a valorizar as características do dinheiro físico, como a proteção da privacidade. O euro digital respeitaria os mais elevados padrões de proteção de dados e de privacidade. Além disso, incluiria uma solução offline, utilizável sem ligação à internet ou em caso de falhas técnicas”.

Joachim Nagel acrescentou ainda que “a infraestrutura pública do euro digital poderia servir de base para a inovação por parte de bancos e outros prestadores de serviços de pagamento. Até agora, o numerário é o único meio de pagamento europeu acessível e aceite em toda a área do euro. Nos pagamentos eletrónicos, dependemos muitas vezes de um pequeno número de empresas extraeuropeias”.

Na passada sexta-feira registou-se um progresso importante em Copenhaga durante a reunião do Eurogrupo. Os ministros das Finanças da União Europeia encontraram-se com a presidente do BCE, Christine Lagarde, e com o comissário europeu Valdis Dombrovskis, tendo chegado a um acordo sobre os próximos passos na criação da moeda digital.

Isto permitirá que os ministros das Finanças da União Europeia tenham voz na decisão sobre se a moeda digital será emitida e sobre o limite de euros digitais que cada residente poderá deter, algo considerado crucial para atenuar os receios de uma fuga aos depósitos bancários.

“O compromisso a que chegámos é que, antes de o BCE tomar uma decisão final relativamente à emissão, haverá oportunidade para uma discussão no Conselho de Ministros”, declarou Paschal Donohoe, presidente do Eurogrupo, numa conferência de imprensa conjunta.

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