O número de contas de serviços mínimos bancários tiveram um crescimento de 5% nos primeiros seis meses do ano, havendo, a 30 de junho, mais 16 121 contas. Havia, no final do primeiro semestre, 258 029 contas de serviços mínimos bancários, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

Ao mesmo tempo, foram encerradas 4139 contas, 72% destas a pedido do cliente. Já as instituições bancárias fecharam 1144 contas por iniciativa próprias, com 64% destes encerramentos justificados pela ausência de movimentos nos últimos 24 meses.

A percentagem de contas que resultaram da conversão de uma conta de depósito à ordem existente na instituição foi de 70% entre janeiro e junho. Este valor está acima dos 64% registados em 2024. Por oposição, as que surgiram por abertura de nova conta no sistema tiveram uma redução, informa o BdP.

As pessoas com mais de 65 anos que constituíram uma conta de serviços mínimos bancários correspondem a 43% das mesmas neste primeiro semestre, mais 5 pontos percentuais face a 2024.

O BdP revela ainda que a maioria dos titulares destas contas não detinha qualquer outro produto bancário na instituição. Até ao final de junho, 76% dos titulares não tinha depósitos a prazo e 85% não tinha produtos de créditos. Os titulares podem contratar estes produtos, estando sujeitos aos encargos previstos no preçário da instituição, esclarece o banco central.

Segundo o Banco de Portugal, 75% das contas de serviços mínimos bancários tinha apenas um titular. Estas contas podem ter mais do que um, caso ambos tiverem apenas esta conta ou se uma das pessoas estiver abrangida pelas condições especiais previstas na lei. O BdP indica que estas condições são ainda “pouco utilizadas”.

Do total de contas de serviços mínimos bancários, 5% eram detidas por pessoas que tinham outras contas de depósito à ordem, por serem contitulares de pessoas com mais de 65 anos ou com grau de invalidez igual ou superior a 60%. “Apenas 1,5% das contas eram detidas por pessoas contitulares de outra conta de serviços mínimos bancários com uma pessoa com mais de 65 anos ou com grau de invalidez igual ou superior a 65%”, acrescenta o BdP.