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Crescimento do crédito à habitação em máximos de 17 anos
O crédito à habitação atinge 107,1 mil milhões, com um aumento anual de 8,4%. O crédito ao consumo e pessoal também cresce. Depósitos desaceleram pelo décimo mês.
25 Set 2025 - 11:41
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Foto: Adobe Stock/Kenishirotie
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Foto: Adobe Stock/Kenishirotie
O mercado do crédito à habitação continua em expansão. O ‘stock’ total de empréstimos com este fim ascendeu a 107,1 mil milhões em agosto, mais 786 milhões em cadeia. É preciso recuar a julho de 2013 para encontrar um valor mais elevado, estando cada vez mais próximo do máximo de 114,5 mil milhões atingido em 2011. O valor atingido em agosto implica um aumento de 8,4% face ao mês homólogo, a maior taxa de variação anual desde julho de 2008.
Olhando para os restantes empréstimos, os dados revelados nesta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP) mostram que o crédito ao consumo e outros fins também continua em crescimento. Foram mais 175 milhões contratados em agosto, quando comparado com o mês anterior. O total atingiu 33 mil milhões.
A subida foi de 7,7% face ao período homólogo, tal como em julho e a variação anual, para o consumo e para outros fins, respetivamente, foi de 6,8% e 9,2%.
Analisando mais detalhadamente, o crédito pessoal aumentou 56 milhões em cadeia, para 13,1 mil milhões, com um crescimento homólogo de 7,1%. Já o crédito automóvel alcançou 8,9 mil milhões, mais 45 milhões do que no mês anterior e uma subida anual de 9,7%. Por sua vez, os cartões de crédito totalizaram 3,3 mil milhões, mais 30 milhões do que em julho e 7,7% acima do mês homólogo.
No que diz respeito às empresas, estas estavam, em agosto, menos endividadas do que em julho. O ‘stock’ de empréstimos ascendeu a 73,9 mil milhões, menos 303 milhões em cadeia. Ainda assim, quando comparado com o mesmo período de 2024, o total aumentou 4%.
Depósitos perdem força há dez meses
Os depósitos continuam a desacelerar, de acordo com os dados do banco central. Para os particulares, os depósitos nos bancos residentes eram, em agosto, de 196,9 mil milhões de euros, menos 944 milhões do que em julho. Esta variação, explica o BdP, deve-se à diminuição de 830 milhões das responsabilidades à vista, constituídas quase na íntegra pelos depósitos à ordem, e de 114 milhões em depósitos a prazo. No entanto, face ao mesmo período de 2024, o ‘stock’ de depósitos cresceu 4,8%, ligeiramente abaixo dos 4,9% de julho, sendo o décimo mês consecutivo de redução da variação anual.
Do lado das empresas, o ‘stock’ de depósitos atingiu 73,2 mil milhões, uma subida de 2,6 mil milhões face ao mês anterior. A taxa de variação anual foi de 9,7%.
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