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DBRS destaca solidez do Santander Portugal com troca de liderança à espreita
A DBRS avaliou positivamente o Santander Portugal, elogiando a posição no mercado português. Pedro Castro e Almeida é forte candidato a CRO do Grupo Santander.
28 Out 2025 - 18:23
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                Pedro Castro Almeida, CEO do Santander Portugal
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                    Pedro Castro Almeida, CEO do Santander Portugal
A Morningstar DBRS veio, nesta terça-feira, esmiuçar o Santander Portugal e o estado da subsidiária do banco espanhol com o mesmo nome. A agência de ‘rating’ fez uma caracterização positiva da instituição, destacando a sua rentabilidade e posição no mercado português. O banco divulga os seus resultados trimestrais na quarta-feira, dia 29.
Esta caracterização da DBRS surge numa altura em que o Santander Portugal pode estar a caminho de uma reviravolta na sua cúpula, com o CEO, Pedro Castro e Almeida, encaminhado para se tornar ‘chief risk officer’ do grupo bancário espanhol, de acordo com uma notícia avançada na semana passada e que o banco português não quis comentar. Isabel Guerreiro, membro da Comissão Executiva, está na calha para lhe suceder.
Segundo a agência de notação financeira, o Santander Portugal é uma subsidiária ‘core’ da empresa-mãe. A DBRS acredita num “apoio forte e previsível” do Grupo Santander ao banco português e, por consequência, os ‘ratings’ de crédito do Santander Portugal devem continuar a ser atribuídos conforme os do grupo a que pertence. “A designação SA1 considera o importante papel da Santander Portugal como componente central do ‘franchise’ internacional do Santander e a nossa expectativa de que o Santander tenha a vontade e a capacidade de apoiar a Santander Portugal, se necessário”, acrescenta.
A DBRS destaca o facto de o Santander Portugal ser o terceiro maior banco no país, com ativos no valor de 57,5 mil milhões, no final de junho. Sobressaem ainda as quotas de mercado de 16,5% e 12,6% do total de créditos e de depósitos, respetivamente. O banco conta com 1,9 milhões de clientes ativos e a banca de retalho é responsável por cerca de 69% das receitas da instituição.
O Santander Portugal, desde 2021, tem implementado um processo de digitalização e otimização das operações, que resultou numa redução da sua presença física no país. O número de balcões baixou de 348 para 327 entre dezembro de 2021 e junho de 2025, tendo o número de colaboradores caído de 4805 para 4673 no mesmo período. O investimento em clientes digitais tem também continuado, com os mesmos a subir de 1,15 milhões em 2023 para 1,29 milhões até ao final de junho deste ano.
De acordo com a análise da DBRS, os resultados sólidos do Santander Portugal têm sido apoiados pela economia resiliente do país nos últimos anos, aliada a uma eficiência elevada por parte do banco. A agência de ‘rating’ nota que a instituição bancária tem uma “sensibilidade relativamente alta” às taxas de juro, que o banco tem combatido com controlo de custos e redução de provisões.
Apesar da margem financeira em queda, os resultados foram apoiados pela receita de comissões, que, ainda assim, caíram 1,1% em 2024. Apesar do menor impacto nas receitas operacionais, os ganhos com ativos financeiros tiveram uma queda de 70,7%. Por outro lado, as provisões baixaram 82%, “refletindo a qualidade de crédito” do Santander Portugal. Neste sentido, sublinha ainda o baixo custo do risco, impulsionado tanto pela economia como pelo mercado laboral saudáveis.
No que diz respeito ao perfil de risco, a DBRS realça a descida do rácio NPE, que, em junho de 2025, se fixava em 1,5%, abaixo dos 2,6% registados no final de 2020. O banco viu ainda uma redução progressiva dos créditos em fase 3, que estavam, no final do primeiro semestre, em 1,7% do crédito total, e também dos créditos em fase, que eram, na mesma altura, 6,2%.
Em termos de liquidez, a agência de notação financeira considera que esta se mantém robusta, com o LCR a ascender a 138,8% e o NSFR em 132,4%. Já na capitalização, o Santander Portugal teve “ligeiras descidas” em 2024 e no primeiro semestre de 2025, mas, apesar disto, a DBRS acredita que a “posição de capital continua sólida e confere uma almofada suficientemente grande para potenciais riscos”. A agência sublinha também os ‘buffers’ de capital “bem acima dos requisitos mínimos estabelecidos pelo BCE”.
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