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Decisão de venda do Banco Comercial Atlântico está “para breve”
Governador do Banco de Cabo Verde pronuncia-se sobre a alienação da instituição financeira que pertence à Caixa Geral de Depósitos.
02 Out 2025 - 17:32
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Foto: BCA facebook
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Foto: BCA facebook
O governador do Banco de Cabo Verde (BCV) afirmou hoje que a análise à venda do Banco Comercial do Atlântico (BCA, grupo CGD), um dos maiores do arquipélago, é uma decisão complexa, mas que será tomada “muito em breve”.
“Não é uma decisão fácil, tem a sua complexidade” e encontra-se já na “fase final de audiência prévia”, referiu Óscar Santos, questionado pelos jornalistas à margem de um encontro de bancos centrais lusófonos, na Praia.
“Não vou indicar uma data” para o anúncio da decisão, porque “nem sempre é possível cumprir”, explicou, recordando que já houve prazos anteriores que não foram respeitados desde que a Caixa Geral de Depósitos anunciou a venda ao grupo Coris, do Burkina Faso. Ainda assim, garantiu que o desfecho será conhecido “muito, muito em breve”.
“Estamos a falar da aquisição de um banco sistémico, há várias questões que têm de ser levantadas, estudadas, muitas informações que têm de ser recolhidas”, destacou. Quando o BCV decidir, “deve ter todas as evidências no processo, para suportar a decisão”, acrescentou Óscar Santos.
“Não se trata de fazer à pressa e depois tomar uma má decisão”, disse, sublinhando que este é um processo que “noutros países pode até demorar mais tempo”. No entanto, recordou que “a lei define prazos que depois podem ser suspensos”, conforme a evolução do processo, justificando assim a demora.
A CGD anunciou, em março de 2024, a venda da participação maioritária de 59,81% do capital social do BCA à Coris Holdings, do Burkina Faso.
O negócio foi fixado em 70,5 milhões de euros, mas a concretização da operação depende ainda das formalidades previstas no direito cabo-verdiano, nomeadamente do parecer do banco central.
A alienação enquadra-se no plano de reorganização da atividade internacional da CGD, que continuará presente em Cabo Verde através do Banco Interatlântico.
A Coris Holding apresenta-se como uma instituição financeira aprovada pela Comissão Bancária da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), com atividade centrada no setor bancário sob a marca Coris Bank International, que conta atualmente com nove filiais.
Além do Burkina Faso (onde está cotada em bolsa), está presente na Costa do Marfim, Mali, Togo, Benim, Senegal, Níger, Guiné-Bissau e Guiné-Conacri.
A Coris Holding inclui ainda uma sucursal de financiamento islâmico, o Coris Bank International Baraka, presente em mais sete países.
O sistema financeiro cabo-verdiano conta com oito bancos comerciais, sendo o BCA um dos maiores e um dos dois classificados como de “elevada importância sistémica”.
Agência Lusa
Editado por Jornal PT50
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