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Empréstimos a particulares em 2024 registam maior subida desde 2008
Crescimento foi de 4,2% em 2024. A habitação subiu 3,5% e o consumo cresceu 7,5%. Em contraste, as empresas registaram uma redução de 0,5% no montante total de empréstimos.
29 Jan 2025 - 11:55
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Os portugueses estão a pedir mais empréstimos, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) nesta quarta-feira. 2024 registou o maior aumento de empréstimos desde 2008 – ano em que a subida foi de 4,5% -, com um crescimento de 4,2% face ao ano anterior. Em 2023, a variação anual foi negativa, tendo decrescido 0,6%.
O montante de empréstimos para habitação subiu 3,5 mil milhões em termos homólogos, totalizando 102,4 mil milhões. Isto representa um aumento de 3,5%, o que contrasta com a quebra de 1,2% registada no ano anterior. Quebra essa justificada pela subida das taxas de juro, aponta o BdP. Este valor supera também a média da Zona Euro, onde os empréstimos para habitação subiram apenas 0,6%.
No que diz respeito aos empréstimos ao consumo, estes atingiram um ‘stock’ de 20,1 mil milhões de euros. Ou seja, registou-se um aumento de 1,2 mil milhões, o que representa um crescimento de 7,5% em relação a 2023. No ano anterior, a variação anual tinha ficado pelos 4,2%. Esta é também a maior taxa em final de ano desde 2019, sublinha o regulador.
Segundo os dados divulgados, o ‘stock’ de crédito pessoal ascendia a 12,6 mil milhões, mais 700 mil euros do que no final de 2023, tendo aumentado, portanto, 7,4%. O crédito automóvel cresceu também 700 mil euros – crescimento de 10,1% face a 3,6% em 2023 – para um total de 8,4 mil milhões. Os cartões de crédito, apesar do aumento de 200 mil euros, apresentam uma taxa de crescimento (8,7%) inferior à do ano anterior (10,5%).
No campo das empresas, há uma inversão do sentido. Estas registam um ‘stock’ de empréstimos 600 mil euros inferior a 2023, com um total de 72,6 mil milhões. O Banco de Portugal indica que “o decréscimo do montante vivo de empréstimos às empresas decorre essencialmente de perdas em operações de vendas de crédito (variações de volume e preço), que mais do que compensaram o aumento dos empréstimos concedidos (transações)”. O regulador considera que estas transações justificam a descida de 0,5%, mais ligeira face à de 1,1% de 2023.
As pequenas e médias empresas protagonizaram as descidas nos empréstimos, com 1,5% e 5,2%, respetivamente. Por outro lado, as micro e as grandes empresas tiveram subidas de 7,2% e 0,3%, respetivamente.
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