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Governador do Banco de França apoia iniciativa de Maria Luís Albuquerque

François Villeroy de Galhau junta-se ao presidente do Grupo Euronext para concretizar uma verdadeira União da Poupança e Investimentos.

02 Out 2025 - 14:56

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François Villeroy de Galhau, governador do Banco de França | Foto: Jérémy Barande/Wikimedia

François Villeroy de Galhau, governador do Banco de França | Foto: Jérémy Barande/Wikimedia

Depois dos elogios, feitos esta semana no Porto, do presidente do Grupo Euronext, Stéphane Boujnah, que considerou a comissária portuguesa Maria Luís Albuquerque a primeira responsável europeia pela área financeira com verdadeiro conhecimento do setor, saudando a iniciativa da “União da Poupança e Investimentos”, é agora a vez do governador do Banco de França se pronunciar a favor da proposta da comissária para os Serviços Financeiros da União Europeia.

Numa intervenção nesta quinta-feira, por ocasião da 158.ª edição da Revue d’économie financière, François Villeroy de Galhau recordou que “há mais de uma década que a Europa regista um excedente líquido de poupança financeira – 400 mil milhões de euros no ano passado, ou 2,6% do PIB – que é investido no resto do mundo, sobretudo nos Estados Unidos; ou então falta-lhe investimento produtivo – o que, no fundo, é apenas outra forma de dizer o mesmo”. E acrescentou: “ao mesmo tempo, o custo do capital próprio continua a ser mais elevado no nosso continente do que nos Estados Unidos, e metade do capital das nossas grandes empresas pertence a não residentes, uma parte significativa dos quais são americanos”.

“Não descrevo este cenário para vos desanimar, mas sim para esclarecer os objetivos da União da Poupança e Investimentos. Falamos muitas vezes em reduzir a fragmentação. Sim, mas antes de mais para alcançar um objetivo quantitativo: mobilizar a poupança europeia para o investimento europeu”, afirmou Villeroy de Galhau, questionando-se, face aos sucessivos falhanços da União Europeia: “porque haveria de ser diferente desta vez?”.

A sua resposta foi clara: “O projeto tem um novo nome desde o ano passado e faz parte da pasta da Comissária Maria Luís Albuquerque. Isto é muito mais do que uma simples mudança de marca: hoje, a União da Poupança e Investimentos reúne, ou une, os antigos projetos da União dos Mercados de Capitais e da União Bancária. Finalmente deixámos de fazer aquela distinção um pouco teológica entre bancos e mercados. Mas, sobretudo, a nova designação explica o objetivo em vez de falar apenas dos meios: passámos de uma infinidade de medidas técnicas – mais de 30 – constantes dos planos da Comissão de 2015 e 2020, para uma ambição estratégica apoiada pelos líderes políticos”.

François Villeroy de Galhau concluiu a sua intervenção invocando o clássico de Charles Dickens, Um Conto de Natal, no qual, numa única noite, o velho agiota Ebenezer Scrooge muda radicalmente a sua atitude perante a poupança e descobre as alegrias de partilhar. “No nosso caso, trata-se de a utilizar de forma sábia. É um despertar semelhante que gostaria de ver na Europa, centrado numa verdadeira União da Poupança e Investimentos. Provavelmente precisaremos de mais do que uma noite, mas já é mais do que tempo de estabelecermos um prazo mobilizador e de transformarmos uma boa ideia em algumas ações concretas: pouco, mas bem feito e levado até ao fim”.

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