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Grandes bancos americanos já superaram 100 mil milhões de lucro em 2025
Só no terceiro trimestre, JPMorgan, Bank of America, Wells Fargo, Morgan Stanley, Goldman Sachs e Citigroup obtiveram um lucro superior a 35 mil milhões.
19 Out 2025 - 10:01
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Com setembro para trás, e como é de costume, os grandes bancos norte-americanos começaram a divulgação de resultados trimestrais. As seis maiores instituições bancárias – JPMorgan, Bank of America (BoA), Wells Fargo (WF), Goldman Sachs (GS), Citigroup e Morgan Stanley (MS) – reportaram lucros em crescimento no período entre junho e setembro, totalizando 35,35 mil milhões de euros. Desde janeiro, estas entidades já acumularam 103,8 mil milhões de lucro.
O que lidera os ganhos trimestrais é o JPMorgan, sem surpresas, que obteve neste período um resultado líquido de 12,42 mil milhões. A este segue-se o BoA, que lucrou 7,31 mil milhões, e, a fechar o pódio, surge o WF, que alcançou 4,83 mil milhões. Na segunda metade da tabela aparecem o MS, o GS e o Citigroup, com resultados de 4 mil milhões, 3,55 mil milhões e 3,24 mil milhões, respetivamente.
Contudo, quem se destaca neste trimestre é o MS, com um aumento homólogo de 45% do seu lucro. O GS aparece próximo, com uma subida de 37%. Ainda nos dois dígitos surgem o BoA, o Citigroup e o JPMorgan, com incrementos de 23%, 16% e 12%, respetivamente. Por sua vez, o WF viu o seu lucro crescer 9%.
No compêndio do ano, o JPMorgan continua no topo, registando, entre janeiro e setembro, um resultado de 37,7 mil milhões. O BoA, com 19,8 mil milhões, segura o segundo lugar. O Top 3 fica completo com os 13,7 mil milhões do WF. Citigroup e GS empatam com 10,9 mil milhões e o MS surge com uma diferença mínima nos 10,8 mil milhões.
Apesar de se apresentar com os menores lucros, também entre janeiro e setembro o Morgan Stanley foi o banco que mais viu o resultado crescer, em 29%. Em sentido contrário, o JPMorgan obteve, nestes nove meses, menos 1% de lucro do que no período homólogo. Citigroup e Goldman Sachs empatam também nesta frente, com os seus resultados a terem um aumento de 24%. BoA sobe 12% e Wells Fargo 9%.
Olhando para as receitas, estas cresceram de forma mais modesta. De janeiro a setembro, o MS mostrou o maior incremento, de 16%, totalizando 45,2 mil milhões. Já o GS subiu 13% neste aspeto, alcançando 36,7 mil milhões. Tanto o Citigroup como o BoA conseguiram mais 7% de receitas, ascendendo a 55,9 mil milhões e 70,1 mil milhões, respetivamente. Com apenas 1% de aumento surgem o JPMorgan e o WF. O primeiro registou receitas no valor de 117 mil milhões até setembro e o segundo 53,4 mil milhões.
Decompondo as receitas, é possível observar que as margens financeiras se mantêm robustas, com o Wells Fargo a registar a única quebra homóloga. Nos primeiros nove meses do ano, este banco teve uma margem de 30,1 mil milhões, menos 2% do que no mesmo período de 2024. Do lado oposto, o GS viu a sua margem financeira disparar 72% para 8,43 mil milhões. Os restantes tiveram aumentos abaixo de 10%, à exceção do MS, que subiu 19%.
Esta instituição destaca-se, por outro lado, na subida das despesas operacionais. Os custos aumentaram 10% entre janeiro e setembro, fixando-se em 12,1 mil milhões. Apesar do aumento acima da média dos concorrentes, o banco está longe de ser o que reporta os maiores custos. Esse posto pertence ao JPMorgan, cujas despesas ascenderam a 61,3 mil milhões de euros. Contudo, o maior banco americano teve acréscimo de custos de apenas 4%.
Analisadas as receitas e despesas, é ainda possível averiguar quais os melhores rácios de eficiência. Neste parâmetro, quem se destaca é o Goldman Sachs, ainda que os rivais não fiquem longe. Esta instituição teve, nos nove meses de 2025, um rácio de eficiência de 62,1%. Em segundo lugar aparece o Citigroup, com 63%, seguido pelo BoA, com 63,5%. O rácio de eficiência do WF fixou-se em 66% e o MS aqui fica em último com 69%. O JPMorgan não revela este valor no seu relatório de contas.
Rentabilidade a subir, capitalização a cair
No que diz respeito à rentabilidade, entre janeiro e setembro, o JPMorgan leva a melhor, com um ROE de 17%. No entanto, é o único banco que indica uma queda neste indicador quando comparado com o período homólogo. Face aos primeiros nove meses de 2024, o ROE do JPMorgan desceu 2 pontos percentuais (pp). O MS surge em segundo lugar com um ROE de 16,5%, mais 3 pp do que nos primeiros nove meses de 2024. Citigroup e Goldman Sachs retomam o empate e apresentam um ROE de 14,6%, que implica um aumento de 2,6 pp para ambos. O WF tem uma subida de 1,2 pp, para 12,4% e o BoA conta com um incremento de 1 pp para 10,6%.
Já no que toca à capitalização, apenas o Morgan Stanley escapa à deterioração do rácio CET1, aumentando 0,1 pp para 15,2% no final de setembro. O banco é, também, o que apresenta o melhor rácio. Segue-se o JPMorgan, com 14,8%, menos 0,5 pp face ao período homólogo. Já o rácio CET1 do GS fixou-se em 14,4%, menos 0,1 pp.
O Citigroup encerrou setembro com um rácio CET1 de 13,2%, abaixo dos 13,7% reportados um ano antes. Por sua vez, o BoA regista, neste indicador, uma quebra de 0,2 pp para 11,6%. Em último aparece o Wells Fargo, cujo rácio CET1 deteriorou 0,3 pp para 11%.
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