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Justiça dos EUA rejeita destituição de Lisa Cook do Conselho de Governadores da Reserva Federal
Esta é a segunda derrota judicial do Presidente dos Estados Unidos nos esforços para alterar a composição do Conselho de Governadores da FED.
16 Set 2025 - 07:28
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Lisa Cook governadora da FED | Foto: FED
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Lisa Cook governadora da FED | Foto: FED
A justiça dos EUA rejeitou um pedido da Administração do Presidente Donald Trump para destituir Lisa Cook do Conselho de Governadores da Reserva Federal (FED), antes do banco central discutir um possível corte nos juros.
A decisão de um tribunal federal de recurso, tomada segunda-feira, confirmou a decisão de um juiz de uma instância inferior, que tinha bloqueado temporariamente a destituição enquanto a disputa legal era resolvida.
Os juízes do Tribunal de Recurso do Distrito de Columbia rejeitaram o pedido de emergência do Governo para reverter a decisão da instância inferior.
Esta é a segunda derrota judicial do Presidente dos Estados Unidos nos esforços para alterar a composição do Conselho de Governadores da FED, com a nomeação de aliados políticos.
Entretanto, o Senado confirmou na segunda-feira Stephen Miran, o principal conselheiro económico de Trump e antigo funcionário do Tesouro, como novo membro do Conselho, após uma votação renhida de 48-47.
Trump quis demitir Cook em 25 de agosto, acusando-a de fraude com créditos imobiliários porque indicava duas propriedades como “residências primárias” em julho de 2021, antes de integrar o Conselho de Governadores.
Tal indicação pode levar a uma taxa de juro do empréstimo mais baixa e a pagamentos menores do que se tivesse declarado uma das casas como sendo para alugar ou segunda residência. Cook negou as acusações e não enfrenta qualquer acusação criminal.
Começa hoje a reunião de dois dias do Comité do Mercado Aberto da FED, encontro do qual deverá sair na quinta-feira um corte na taxa de juro, cuja dimensão é incerta, mas que os analistas apontam que seja de 25 pontos base.
A expectativa de um corte nos juros é já geral, mas a possibilidade de que seja de maior dimensão, de 50 pontos base, ainda está em cima da mesa.
Os analistas referem que, apesar do impacto da política tarifária dos EUA na inflação, “o crescimento real do PIB caiu para metade face a 2024, com os consumidores prestes a enfrentar uma nova pressão sobre os seus rendimentos reais nos próximos meses”, o que aponta para que a FED retome o ciclo de cortes de juros este mês.
A última vez que o banco central dos Estados Unidos cortou os juros foi em dezembro de 2024 e desde aí tem estado em pausa, mantendo a taxa inalterada, o que motivou vários apelos de Trump para uma redução.
A taxa de juro é fixada pelos 12 dirigentes da FED, incluindo os sete do Conselho de Governadores, a que se juntam cinco dos 12 presidentes dos bancos regionais do Sistema da Reserva Federal, que votam de forma rotativa.
Os outros dois dirigentes já indicados por Trump para a FED – Christopher Waller e Michelle Bowman — podem também apoiar um corte de 50 pontos base, mas vários dos presidentes dos bancos regionais já expressaram preocupações face à elevada inflação.
Agência Lusa
Editado por Jornal PT50
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