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Lucro do BPI em Portugal sobe para 588 milhões de euros em 2024
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O crescimento do produto bancário representou um aumento de 12% e o rácio de eficiência melhorou para 37%. O CEO do banco destaca o lucro líquido como “o maior de sempre”.
30 Jan 2025 - 11:37
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O Banco BPI reportou um lucro de 588 milhões de euros, em 2024, resultando num crescimento de 12% em relação ao ano transato, alcançando um valor de 1.337 milhões de euros, “Tivemos muito bons resultados como um todo. Tivemos muito mais volume de negócio. Tivemos um crescimento dos proveitos de 12%. Mantivemos a nossa tradição de NPL muito baixo. O lucro líquido é o maior de sempre, mais 12% do que no ano transato”, referiu João Pedro Oliveira e Costa, CEO do Banco BPI, na apresentação de resultados, em conferência de imprensa, nesta quinta-feira, em Lisboa.
O BPI registou um crescimento homólogo de 3% no crédito e de 5% nos recursos de clientes. E registou um rácio de capital CET1, que mede a solidez financeira, de 14,3% e um rácio de capital total de 17,9%.
Oliveira e Costa destacou também o ROTE de 18% “que é uma realidade que muito nos orgulha, mas que não será sustentável nos próximos tempos”.
A descida das taxas de juro mais lenta do que era esperado foi uma justificação para os bons resultados.
Relativamente à evolução do crédito à habitação, o CEO destacou que a carteira do crédito habitação cresceu 5%. Na banca de empresas, onde o banco quer continuar a crescer, já atingiu os 12% de quota de mercado e cresceu 4%.
“Captámos mais poupanças, com particular destaque para o investimento em fundos e seguros de capitalização, onde registámos um crescimento de 10% e concedemos mais crédito às famílias e às empresas”, salienta Oliveira e Costa.
O valor da carteira de NPE é “historicamente muito baixo”, destacou também o CEO, relativamente ao 1,4% registado. “Os custos mantiveram-se estáveis. Também ao nível das imparidades tivemos um comportamento mais favorável”.
O banco mantém atividade em Angola e Moçambique. As participações no BFA e BCI tiveram um contributo de 39 milhões e 38 milhões de euros para o resultado líquido, respetivamente.
Sobre os rácios de capital, Oliveira e Costa salientou a “folga muito grande de capital” do banco. Nomeadamente, acrescentou, “já cumprimos os rácios dos novos requisitos, criticando que “o supervisor aproveita os bons resultados da banca para aumentar os requisitos, algo que não faz muito sentido na minha visão. Já cumprimos o que é pedido para 2025”.
Porém, sobre uma eventual mudança na liderança do Banco de Portugal, em 2025, Oliveira e Costa elogiou o atual governador, referindo que “é um excelente economista, um grande agregador, tem uma cabeça independente. Acho que tivemos a ganhar até hoje ao termos Mário Centeno como governador, por isso, a sua continuidade seria algo positivo”.
O banco quer ser uma referência nas várias componentes de sustentabilidade, seja na descarbonização, seja nas componentes sociais. Em 2024, concedeu cerca de 1.5 Bi.€ em financiamento verde e social a empresas e 0.4 Bi.€ a particulares, nomeadamente através de operações de crédito para promoção da eficiência energética na habitação, mobilidade, entre outros.
Sobre uma possível consolidação no setor bancário nacional, “a acontecer alguma coisa, será sempre decidido pelo acionista”. Oliveira e Costa salientou que o CaixaBank tem experiência neste tipo de movimentos, sendo que “todos os movimentos foram sempre feitos com racionalidade, para criar valor para o acionista, para os funcionários e para os clientes”. Tendo em conta a possível venda do Novo Banco, o CEO do BPI referiu que é preciso aguardar, descartando que o BPI fizesse esse movimento sozinho, “até porque o BPI não teria capital para esse movimento”, acrescentando, no entanto, que capital é algo que se pode arranjar.
O banco atingiu um milhão de clientes nos canais digitais, destacando o CEO que a banca portuguesa está muito bem posicionada nesta matéria, sendo que no banco 37% das operações já se iniciam online.
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