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Maior liquidação de Bitcoins de sempre retira 16,3 mil milhões de euros do sistema em 24 horas

Anúncio de Trump sobre aumento das tarifas contra a China desfaz carteiras de criptoativos em poucas horas

14 Out 2025 - 12:08

3 min leitura

Foto: Adobe Stock/Sebastian Kaulitzki

Foto: Adobe Stock/Sebastian Kaulitzki

O anúncio surpresa do presidente norte-americano Donald Trump, na passada sexta-feira, de que iria impor tarifas de 100% sobre as importações provenientes da China, desencadeou uma onda de vendas de criptomoedas que eliminou mais de 19 mil milhões de dólares (16,3 mil milhões de euros) em posições alavancadas.

A notícia foi conhecida quando o mercado de Wall Street já se encontrava encerrado, mas o mercado dos criptoativos está sempre aberto — e, em poucos minutos, a Bitcoin, que tinha ultrapassado os 125 mil dólares de cotação, acabou por cair a pique. Nesta terça-feira, era negociado a pouco mais de 95 mil dólares.

Segundo vários analistas, com os mercados tradicionais fechados durante o fim de semana, o mercado de ativos digitais foi o único a reagir de imediato às decisões do presidente dos Estados Unidos.

Milhares de carteiras desfizeram-se daquele ativo digital — a maioria de natureza meramente especulativa —, com a Bitcoin a cair 22% em poucos minutos. Outros ativos menos populares registaram quedas de até 80%.

A rapidez com que, através de contas online, é possível dar ordens para desmobilizar ativos ou resgatar depósitos está a preocupar os supervisores financeiros em todo o mundo. Esta semana, a presidente do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), Claudia Buch, ouvida na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, manifestou essa preocupação e recordou o caso da falência do Silicon Valley Bank, em março de 2023, quando milhares de clientes ordenaram transferências dos seus depósitos — muitas delas realizadas em tempo real através de contas online ou internet banking —, receando a falta de liquidez daquela instituição financeira.

Buch reafirmou a posição do BCE quanto à necessidade de reforçar a capacidade financeira dos bancos para responder a este tipo de ameaças, que se propagam rapidamente através de rumores disseminados nas redes sociais.

A este cenário junta-se outro fator: o papel dos criadores de mercado (market makers). A sua função é manter o mercado ativo, colocando ordens de compra e venda para garantir liquidez. “Mas, se um deles tiver problemas e retirar as suas ordens, é como cortar os degraus de uma escada enquanto se está a subir. De repente, já não há ninguém do outro lado da transação. Cada venda empurra o preço cada vez mais para baixo, até que o chão desaparece”, explica Vadym Z., fundador da OnChainSchool, citado pelo diário digital El Economista.

“Como a liquidez se reduziu, as liquidações automáticas desencadearam um efeito dominó nas plataformas de troca”, acrescentam os especialistas da 21Shares, também citados por aquele diário, salientando que “algumas empresas enfrentaram problemas operacionais porque a sua atividade se multiplicou de um momento para o outro e os volumes de negociação dispararam.”

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