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Mário Centeno votou no BCE pela manutenção da taxa de juro nos 2%

Apesar da unanimidade, houve governadores que preferiam uma descida dos juros face ao abrandamento económico e à previsível queda da inflação

28 Ago 2025 - 16:06

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Mário Centeno, governador do Banco de Portugal | Foto: Banco de Portugal

Mário Centeno, governador do Banco de Portugal | Foto: Banco de Portugal

O Banco Central Europeu (BCE) revelou nesta quinta-feira o relato da reunião de política monetária do Conselho do BCE, realizada em Frankfurt nos dias 23 e 24 de julho de 2025, onde foi decidido manter a taxa de juro de referência em 2%. Nesse documento, o BCE refere que “todos os membros apoiaram a proposta apresentada pela presidente Lagarde de manter inalteradas as três taxas de juro diretoras. Não havia pressão imediata para alterar as taxas de política monetária na reunião atual. As taxas de juro situavam-se, em termos gerais, em território neutro após oito reduções nas últimas nove reuniões, as condições financeiras mantinham-se globalmente estáveis e os dados recebidos desde a reunião de junho confirmaram que a inflação e as perspectivas de inflação se encontravam numa posição favorável, com a inflação a estabilizar em torno do objetivo de 2% no médio prazo”, pode ler-se no documento do BCE.

Mário Centeno, na sua penúltima participação como governador do Banco de Portugal – a última terá lugar nos próximos dias 10 e 11 de setembro em Frankfurt – votou pela manutenção das taxas nos 2%.

Apesar da unanimidade na votação, houve membros do Conselho que defenderam “um novo corte de taxas, em virtude do aumento dos riscos em baixa para o crescimento económico e para a inflação”. No entanto, face a estas posições, “considerou-se que a manutenção das taxas inalteradas constituía uma abordagem robusta para gerir choques e riscos de inflação em ambas as direções, abrangendo um vasto leque de cenários plausíveis. No geral, atribuía-se, nesta fase, um elevado valor à opção de aguardar por mais informação e pela resolução de algumas incertezas”, refere ainda o BCE.

Segundo o relatório agora divulgado, “o enquadramento permanecia excecionalmente incerto, sobretudo devido a disputas comerciais, mas também em virtude de desenvolvimentos geopolíticos. Tal incerteza poderia igualmente justificar a manutenção das taxas de juro inalteradas. Em particular, manter as taxas de política monetária nos níveis atuais permitiria ganhar mais tempo para observar a evolução das negociações comerciais e avaliar de forma aprofundada as consequências de qualquer resultado final para a trajetória das taxas de juro”.

Os membros do Conselho concordaram ainda que a manutenção das taxas “possibilitaria uma avaliação adicional da transmissão dos cortes de taxas anteriores e da nova informação recebida, incluindo no que se refere à produção industrial, à reorientação do comércio, à inflação nos serviços, à taxa de câmbio e à evolução dos mercados financeiros – também no contexto de um novo conjunto de projeções elaboradas pelos serviços. Tudo isto deveria, até setembro, permitir uma melhor compreensão de como a economia estava a responder aos desafios atuais, incluindo no que respeita às forças contraditórias que neste momento obscurecem os sinais dos dados, e quais as suas implicações para as perspectivas futuras”.

No que toca à comunicação, os membros reiteraram que o Conselho do BCE estava determinado a assegurar que a inflação estabilize no objetivo de 2% no médio prazo.

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