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Novo Banco poderá pagar ao Estado até 250 milhões de euros de dividendos anuais

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A estimativa de dividendos apontada pelo ministro das Finanças pressupõe que a posição de 25% do Estado português no Novo Banco se mantenha depois do processo de venda.

12 Mar 2025 - 13:53

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Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças | Foto: Governo de Portugal

Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças | Foto: Governo de Portugal

O ministro das Finanças disse nesta quarta-feira que o Novo Banco poderá vir a entregar anualmente 200 a 250 milhões de euros ao Estado, caso a participação pública no banco se mantenha, isto quando o Novo Banco está em processo de venda.

“Se [o Estado] mantiver a sua posição no Novo Banco, continuará a receber montantes em torno de 200 a 250 milhões de euros de dividendos”, disse Miranda Sarmento no Fórum Banca, que decorreu em Lisboa.

A estimativa de dividendos apontada pelo ministro pressupõe que a posição de 25% do Estado português no Novo Banco se mantenha depois do processo de venda. Caso o Estado opte por reduzir a sua posição, o valor a receber de dividendos será proporcionalmente menor.

No final de janeiro, o ministro das Finanças disse que “não é muito normal que o Estado português detenha 25% de um banco privado”, pelo que, “se a oportunidade surgir”, poderá vender a sua participação.

Na terça-feira, o parlamento chumbou a moção de confiança apresentada pelo Governo, provocando a sua demissão.

O Novo Banco é atualmente detido em 75% pelo fundo de investimento norte-americano Lone Star, que quer vender este ano parte do banco em bolsa.

Ainda quanto a dividendos, o ministro voltou a dizer que, este ano, é esperado que o Novo Banco pague 300 milhões de euros de dividendos pontuais ao Estado português, uma receita que resulta do fim do acordo de capitalização contingente em dezembro passado.

Este mecanismo foi criado aquando da venda do Novo Banco à Lone Star em 2017 para compensar o banco por ativos ‘tóxicos’ com que ficou do Banco Espírito Santo.

Ao longo dos anos, o Fundo de Resolução injetou 3.405 milhões de euros no Novo Banco, provocando várias polémicas políticas e mediáticas.

Com o fim antecipado deste mecanismo, tornou-se possível a venda do Novo Banco e que este pague já dividendos.

Na semana passada, quando anunciou lucros de 744,6 milhões de euros em 2024, o Novo Banco disse que tem “3.300 milhões de euros de capital disponível para distribuir nos próximos três anos” em dividendos.

Na conversa com os analistas, o presidente executivo do banco, Mark Bourke, explicou que quer pagar 1.300 milhões de euros já este ano, o que quer que aconteça antes da venda do banco, e mais 2.200 milhões de euros nos próximos três anos (condicionados a rentabilidade e rácios de capital).

O Novo Banco foi criado em 2014 para ficar com parte da atividade bancária do Banco Espírito Santo (BES), na resolução deste.

Entrada em bolsa

Recorde-se que o principal acionista do Novo Banco, a Nani Holdings, deu recentemente indicação formal para se “iniciar um processo de oferta pública” das ações do banco. O processo de entrada em bolsa do Novo Banco deverá avançar entre junho e setembro deste ano, dependendo das condições do mercado.

Ao Jornal PT50, fonte próxima do processo avançou que o Novo Banco vai ser cotado na Bolsa de Valores de Lisboa, referindo ainda que “há um otimismo” em relação a esta entrada em bolsa, tendo em conta o recente sucesso das obrigações emitidas pelo banco, que tiveram uma procura 3,5 vezes superior à oferta.

Relativamente ao capital que vai ser dispersado em bolsa pelo Lone Star, fundo de investimento americano que controla 75% do capital do Novo Banco, a mesma fonte referiu que “está prevista uma abertura de 20% a 30%” do mesmo.

 

SSD com Lusa

 

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