
4 min leitura
Novo Banco sobe lucro para 744,6 milhões de euros e distribui 224,6 milhões
Autor
O banco liderado por Mark Bourke apresenta nos resultados de 2024 uma margem financeira de 1 179,4 milhões de euros e um RoTE de 17,4%. Os resultados permitem “explorar as oportunidades no mercado de capitais”, refere o CEO.
06 Mar 2025 - 07:51
4 min leitura

#image_title
Mais recentes
- BEI quer investir 10 mil milhões em habitação sustentável nos próximos dois anos
- BEI investiu mais de 2 mil milhões em Portugal em 2024
- Novo Banco sobe lucro para 744,6 milhões de euros e distribui 224,6 milhões
- Agenda da semana: o que não pode perder na economia e finanças
- Regulador mundial quer implementação do Basileia III “na íntegra” para fortalecer bancos
- Ana Sousa é a nova ‘chief people officer’ da Feedzai

#image_title
O Novo Banco atingiu um lucro recorde de 744,6 milhões de euros em 2024, verificando-se uma subida relativa aos 743,1 milhões registados no ano anterior.
Perante estes resultados, o Conselho de Administração Executivo irá propor à assembleia geral de acionistas, a realizar no dia 21 de março de 2025, a distribuição de um dividendo no montante de 224,6 milhões de euros, refletindo um pay-out de 60% do resultado do 2S24, informa o banco numa comunicação ao mercado nesta quinta-feira.
“O ano de 2024 foi mais um marco importante para o Novo Banco com a obtenção da notação de investment grade e com o fim do acordo do mecanismo de capitalização contingente. Estes factos contribuem decisivamente para explorar as oportunidades no mercado de capitais, com o objetivo último de continuar a apoiar as famílias e empresas nacionais ao longo da sua vida”, refere Mark Bourke, CEO, no comunicado divulgado.
O aumento face ao período homólogo foi suportado por um modelo de negócio “consistente e diversificado”, apesar dos custos pontuais do exercício de 2024, e “impulsionado pelo robusto franchising de crédito a empresas e de crédito habitação de baixo risco, e elevada adoção do digital”, explica o banco.
A margem financeira atingiu 1 179,4 milhões de euros (2023: 1 142,6M€) com uma taxa da margem financeira de 2,79% (2023: 2,75%).
O RoTE de 17,4% está, segundo o banco, assente num balanço sobrecapitalizado com CET1 FL de 20,8%.
As comissões totalizaram 323 milhões de euros (2023: 296,1M€), um aumento de 9,1% relativamente ao ano transato, suportado pelo franchising do Novo Banco com uma crescente base de clientes (+5,5% vs dez/23) e pela dinâmica na execução de iniciativas para aumentar as receitas de comissões, principalmente na gestão de contas e meios de pagamentos, explica o banco.
Relativamente ao Rácio Cost to Income, este foi de 33,2% (2023: 33,3%), resultado da simplificação e otimização dos processos. Os custos operativos totalizaram 499,2 milhões de euros (+4,2% vs 2023). OResultado Operacional Líquido aumentou para 1 063,5 milhões de euros (2023: 963,1M€). O banco esclarece também que no 4T24, foi registado um custo de 62,7 milhões de euros relativo ao término do acordo de capital contingente (CCA).
Os recursos totais aumentaram 6,7% para 37,6 mil milhões de euros (dez/23: 35,2mM€), com os depósitos a crescer 5,7% para 29,8 mil milhões deeuros. A 31 de dezembro de 2024, o banco mantinha uma “forte posição de liquidez”, com o buffer de liquidez de 16,9 mil milhões de euros (dez/23: 13,6mM€).
Os empréstimos a clientes (líquido) situaram-se em 27,9 mil milhões de euros (+3,6% vs dez23), representando cerca de 65,9% dos ativos totais. Em dez/24, a quota de mercado global ascendia a 10%, “espelhando a forte presença do Banco no mercado português”, pode ler-se no comunicado. Os créditos não produtivos (NPL) reduziram 23,7% em 2024 para 864 milhões de euros.
“Explorar as oportunidades no mercado de capitais”
Recorde-se que o principal acionista do Novo Banco, a Nani Holdings, deu recentemente indicação formal para se “iniciar um processo de oferta pública” das ações do banco. O processo de entrada em bolsa do Novo Banco deverá avançar entre junho e setembro deste ano, dependendo das condições do mercado.
Ao Jornal PT50, fonte próxima do processo avançou que o Novo Banco vai ser cotado na Bolsa de Valores de Lisboa, referindo ainda que “há um otimismo” em relação a esta entrada em bolsa, tendo em conta o recente sucesso das obrigações emitidas pelo banco, que tiveram uma procura 3,5 vezes superior à oferta.
Relativamente ao capital que vai ser dispersado em bolsa pelo Lone Star, fundo de investimento americano que controla 75% do capital do Novo Banco, a mesma fonte referiu que “está prevista uma abertura de 20% a 30%” do mesmo.
De salientar que existe um acordo entre os acionistas – os restantes são o Fundo de Resolução com 13,54% e a Direção-Geral do Tesouro e Finanças com 11,46% – em que a venda de capital será feita “à proporção”. Ou seja, se o Lone Star vender 25% do capital, os restantes venderão à mesma proporção. Mas este acordo pode ser exercido ou não.
Mais recentes
- BEI quer investir 10 mil milhões em habitação sustentável nos próximos dois anos
- BEI investiu mais de 2 mil milhões em Portugal em 2024
- Novo Banco sobe lucro para 744,6 milhões de euros e distribui 224,6 milhões
- Agenda da semana: o que não pode perder na economia e finanças
- Regulador mundial quer implementação do Basileia III “na íntegra” para fortalecer bancos
- Ana Sousa é a nova ‘chief people officer’ da Feedzai