O órgão de supervisão do Comité de Basileia aprovou o programa de trabalho e as prioridades estratégicas para 2025-26, tendo como prioridade a implementação do Basileia III, o conjunto de normas internacionais criadas para fortalecer a regulação, supervisão e gestão de riscos no setor bancário.

“Todos os membros do Grupo de Governadores e Diretores de Supervisão dos Bancos Centrais (GHOS) reafirmaram unanimemente o seu compromisso de aplicar o Basileia III na íntegra e de forma consistente, a fim de garantir condições de concorrência equitativas a nível mundial e promover a resiliência do sistema bancário mundial”, refere em comunicado Tiff Macklem, presidente do GHOS e governador do Banco do Canadá, sobre a reunião realizada nesta terça-feira.

Para além da implementação do Basileia III, o GHOS estabeleceu também como prioridades a avaliação dos riscos e salvaguarda da resiliência, a digitalização do setor financeiro e a liquidez.

“Ao promover a cooperação mundial e prosseguir uma abordagem prospetiva para atenuar os riscos e vulnerabilidades emergentes que afetam o sistema bancário mundial, o programa de trabalho do Comité para 2025-26 procura reforçar ainda mais a regulamentação, a supervisão e as práticas dos bancos em todo o mundo, promover a estabilidade financeira mundial e apoiar o crescimento económico a longo prazo.”, refere Erik Thedéen, presidente do Comité de Basileia e governador do Banco Central da Suécia.

O GHOS também concordou em fazer um balanço do trabalho do Comité sobre os riscos financeiros relacionados com o clima ainda este ano.

O Comité de Basileia diz que vai continuar a colaborar e a cooperar com um vasto leque de partes interessadas, incluindo com outros organismos de normalização e fóruns internacionais sobre iniciativas financeiras intersectoriais.

Recorde-se que o Basileia III é um conjunto de medidas acordado internacionalmente e desenvolvido pelo Comité de Supervisão Bancária de Basileia em resposta à crise financeira de 2007-2009. As medidas têm por objetivo reforçar a regulamentação, a supervisão e a gestão de riscos dos bancos.

Tal como todas as normas do Comité de Basileia, as normas de Basileia III são requisitos mínimos que se aplicam aos bancos ativos a nível internacional. Os membros comprometem-se a implementar e aplicar as normas nas suas jurisdições dentro do prazo estabelecido pelo Comité.