A Revolut, ‘fintech’ britânica, anunciou, nesta quinta-feira, que obteve uma licença para operar na área dos criptoativos ao abrigo do Regulamento Europeu para os Mercados de Criptoativos (MiCA). Esta autorização foi obtida junto da Cyprus Securities and Exchange Commission (CySEC), o que permite ao banco digital atuar nos vários países da União Europeia.

A empresa realça o seu investimento nesta área, onde se lançou em 2017. Em 2024, a empresa lançou a Revolut X, uma plataforma exclusivamente dedicada ao ‘trading’ de criptoativos. Foi lançada no Reino Unido e mais tarde expandida aos vários mercados do Espaço Económico Europeu. Neste momento, de acordo com a ‘fintech’, esta atrai mais de 14 milhões de utilizadores por todo o mundo entre a plataforma e a sua aplicação tradicional.

“Não é segredo que temos planos ambiciosos para o setor de criptomoedas no futuro, e a nossa licença MiCA é fundamental para tudo isso. Esta autorização permite-nos oferecer produtos de criptomoedas inovadores com maior transparência e confiança para a nossa crescente base de clientes, ao mesmo tempo que reitera o nosso compromisso com as criptomoedas como uma classe de ativos”, sublinha o CEO da Revolut Digital Assets Europe, Costas Michael.

Segundo avança a Revolut, como parte do seu investimento na área dos criptoativos, a empresa pretende lançar a Crypto 2.0. Isto é, uma oferta que engloba mais de 280 ‘tokens’, explica, ‘staking’ sem comissões e ganhos de até 22% ‘annual percentagem yield’ – que a Revolut adverte serem variáveis – bem como uma ‘stablecoin’ com conversão para USD em 1:1, sem ‘spread’.

A Revolut defende ainda que, com os seus cartões que integram cripto, ferramentas de ‘on/off-ramping’ e as baixas comissões da Revolut X – que ficam entre 0% e 0,09%, de acordo com a mesma – “a plataforma apresenta uma das experiências cripto mais abrangentes e eficientes em termos de custo da Europa”.

O banco digital almeja ser a aplicação de preferência para a comunidade Web3 em todo o mundo.