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Standard & Poor’s prevê mais fusões na banca europeia e está atenta a Portugal

O principal mercado para aquisições continua a ser a Itália, mas a Polónia e a Espanha dão sinais de que a concentração ainda não terminou.

05 Nov 2025 - 12:14

4 min leitura

A Standard & Poor’s (S&P) divulgou esta semana um relatório sobre a nova vaga de fusões e aquisições no setor bancário europeu. A empresa de notação de ‘rating’ faz uma análise dos países onde essa consolidação parece mais provável, através de uma classificação de 1 a 4, em que 1 corresponde a uma elevada probabilidade de fusões e 4 indica um mercado estabilizado, onde não se antecipam negócios relevantes.

Portugal obteve uma classificação de 3, e a S&P refere, a propósito do nosso país, que “é possível que haja mais consolidação e as perspetivas de crescimento são boas, mas não está claro se existem vendedores”. Recorde-se que, já este ano, em junho, foi anunciada a compra do Novo Banco pelos franceses do grupo BPCE, por 6,4 mil milhões de euros. Este negócio recebeu “luz verde” da Comissão Europeia, que decidiu não abrir uma investigação aprofundada, avaliando que não há indícios de subvenções estrangeiras suscetíveis de distorcer o mercado único, ao abrigo do novo Regulamento relativo a Subvenções Estrangeiras.

O negócio ainda terá de percorrer algumas etapas nas instâncias europeias e deverá ficar totalmente concluído no início de 2026.

Segundo o relatório da S&P, “os bancos europeus embarcaram numa nova vaga de consolidação. Isso foi impulsionado por uma confluência de excesso de capital, perspetivas limitadas de crescimento orgânico e pela diminuição dos ganhos de eficiência alcançáveis através da reestruturação das próprias operações”. A agência acrescenta ainda que “o sistema bancário europeu é, na prática, uma coleção de mais de 30 sistemas bancários nacionais. A S&P Global Ratings acredita que a estrutura de mercado a nível nacional continuará a influenciar de forma determinante as operações de consolidação por via de fusões e aquisições”.

De acordo com a S&P, o país europeu onde é mais provável a ocorrência de novas fusões é a Itália: “A consolidação entre os intervenientes de segunda linha deverá continuar, a menos que estes sejam, eles próprios, adquiridos pelo UniCredit”, refere o relatório.

Segue-se a Polónia, onde o Millennium BCP está presente através do Bank Millennium. A S&P considera tratar-se de um “mercado de dimensão relevante e com boas perspetivas de crescimento. Todas as atenções estão voltadas para a posição da Alior, após o realinhamento da Pekao/PZU”.

Também a Espanha surge em destaque: “Apesar do fracasso da fusão entre o BBVA e o Sabadell, a consolidação do mercado é uma tendência de longo prazo, indicando a possibilidade de mais fusões e aquisições entre os bancos de segunda e terceira linha”, aponta o relatório.

Para a S&P, “os bancos europeus têm vindo a reduzir progressivamente as suas ambições, concentrando-se em áreas onde possuem vantagem competitiva e escala. Os negócios mais atrativos, tanto do ponto de vista económico como em termos de dimensão e sinergias, provavelmente ocorrerão nos mercados principais onde os bancos já operam. Os alvos incluem bancos de média dimensão que carecem de escala e de vantagem competitiva, bem como entidades não essenciais para os seus proprietários. Isto pode incluir governos que pretendem alienar participações em bancos resgatados, empresas de private equity ou bancos estrangeiros que continuam a ajustar a sua presença no mercado”.

“Apesar disso, as transações transfronteiriças continuarão a existir. Os grandes bancos sediados em mercados de crescimento mais lento permanecerão atraídos pelas fortes perspectivas das economias europeias mais pequenas, mas de crescimento mais rápido. Contudo, há uma ressalva: procurarão adquirir bancos que já possuam, ou possam vir a criar, uma quota de mercado significativa (um dos cinco maiores). Exemplos recentes incluem as operações BPCE/Novo Banco e Erste/Santander Polska”, conclui o documento.

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