
3 min leitura
Startup portuguesa Feedzai escolhida pelo BCE para combater fraude no euro digital
A Feedzai firmou um acordo com o Banco Central Europeu para detectar e prevenir fraudes no euro digital, avaliado em até 237,3 milhões de euros.
02 Out 2025 - 15:09
3 min leitura

#image_title
Mais recentes
- Moody’s melhora ‘ratings’ da banca espanhola
- Portugal lidera a subida do preço das casas na União Europeia
- Álvaro Santos Pereira toma posse como governador na segunda-feira
- Lagarde fala em “fadiga regulatória”
- Membros da aliança climática bancária votam a favor da sua extinção
- Reguladores de Macau e Cabo Verde reforçam cooperação na supervisão financeira

#image_title
A Feedzai celebrou um acordo com o Banco Central Europeu (BCE) para ser a responsável pelo “mecanismo central de deteção e prevenção de fraude para o euro digital”, revelou nesta quinta-feira a empresa tecnológica sediada em Coimbra. O contrato tem um valor estimado de 79,1 milhões de euros, que podem ir até 237,3 milhões.
“Em parceria com a subcontratada PwC, a Feedzai forneceria um mecanismo central de deteção e prevenção de fraudes de última geração, garantindo total conformidade com as normas de segurança, privacidade e proteção de dados da União Europeia”, explica a empresa. A Feedzai adianta ainda que, “enquanto o acordo estabelece os termos para o trabalho futuro, o desenvolvimento efetivo das componentes, ou partes destas, vai ser decidido numa fase mais tardia”.
A empresa conimbricense esclarece que vai trabalhar, em conjunto com outras empresas escolhidas pelo BCE, como a Capgemini, de acordo com a lista divulgada pelo banco central. Em conjunto, devem finalizar o planeamento e a cronologia. “Sob a orientação do Conselho do BCE e em conformidade com a legislação da UE, este trabalho abrangerá a conceção, integração e desenvolvimento da Plataforma de Serviços do Euro Digital (DESP)”, acrescenta a Feedzai.
A empresa destaca este avanço que o BCE quer fazer, no sentido de criar uma moeda tão fiável quanto o dinheiro físico, ao mesmo tempo que preserva o papel dos bancos centrais, reduz a dependência face a prestadores de serviços de pagamentos fora da UE, “reforçando a autonomia estratégica da Europa”, e ainda apoiar a inclusão financeira.
“A privacidade continua a ser um princípio central do projeto. O BCE afirmou que as transações em euros digitais incluirão salvaguardas robustas, como pseudonimização e encriptação, e permitirão pagamentos offline, semelhantes aos pagamentos em dinheiro, para pequenos montantes”, realça a tecnológica.
Sobre o seu papel dentro deste projeto, a Feedzai explica que é “contribuir para proteger as transações contra fraudes, enriquecendo a gestão de riscos dos prestadores de serviços de pagamento (PSP) com informações derivadas de uma visão centralizada ao nível da infraestrutura”. “Para cada transação, seja ela ‘peer-to-peer’ (P2P) ou ‘peer-to-merchant’ (P2M), a nossa plataforma fornecerá uma pontuação de risco de fraude que os PSP usarão juntamente com os seus próprios controlos ao decidir se aprovam ou recusam um pagamento”, acrescenta.
Já o CEO e cofundador da Feedzai, Nuno Sebastião, considera que, “com dezenas de milhares de milhões de transações previstas em toda a zona euro, o sucesso depende de uma IA capaz de se adaptar tão rapidamente quanto a fraude evolui. O nosso papel é fornecer a inteligência que impede até mesmo as fraudes mais sofisticadas, garantindo a confiança em todas as transações digitais em euros desde o primeiro dia”.
Mais recentes
- Moody’s melhora ‘ratings’ da banca espanhola
- Portugal lidera a subida do preço das casas na União Europeia
- Álvaro Santos Pereira toma posse como governador na segunda-feira
- Lagarde fala em “fadiga regulatória”
- Membros da aliança climática bancária votam a favor da sua extinção
- Reguladores de Macau e Cabo Verde reforçam cooperação na supervisão financeira