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Banco moçambicano do BCP compromete-se a ser parte ativa no futuro de Moçambique
O CEO do Millennium BIM vê oportunidades de posicionar Moçambique como ator relevante na região e no mundo.
27 Nov 2025 - 09:47
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A administração do banco Millennium BIM em Moçambique, um dos maiores do país e liderado pelo português Millennium BCP, reafirmou o compromisso de fazer parte ativa do futuro do país, investindo em soluções digitais e parcerias financeiras. “Num mundo em rápida transformação, com incertezas geopolíticas, transições energéticas e uma aceleração tecnológica sem precedentes, as economias emergentes como a moçambicana enfrentam simultaneamente riscos e oportunidades”, disse Rui Pedro, presidente do conselho executivo do Millennium BIM.
O responsável falava durante a Conferência Económica “Visão M” daquele banco, também participado pelo Estado moçambicano, evento que assinala os 30 anos da instituição, reunindo líderes do setor financeiro, representantes do Governo, incluindo o Presidente da República, Daniel Chapo, e especialistas nacionais e internacionais para debater os principais desafios e prioridades do desenvolvimento económico de Moçambique.
Para Rui Pedro, os riscos atuais da economia nacional são associados à volatilidade internacional e as oportunidades consistem em posicionar Moçambique como ator relevante na região e no mundo: “no Millennium BIM assumimos este papel com ambição e determinação, investindo em soluções digitais inovadoras e em educação financeira, e em parcerias que potenciem o crescimento das empresas e das famílias moçambicanas”.
“Esta conferência acontece num momento crucial, em que o país procura consolidar o seu papel como produtor estratégico da energia, para atrair investimento interno e externo e acelerar a diversificação da economia com foco na industrialização e na resiliência”, afirmou, acrescentando que a reunião chama à reflexão questões relativas às certezas de transformação e às estratégias de crescimento sustentável.
Neste contexto, sublinhou o presidente do conselho executivo do Millennium BIM, há três “ingredientes fundamentais” para a reflexão, nomeadamente: visão, colaboração e ação coordenada, contribuindo ainda para restabelecer a confiança dos investidores e da população, bem como acelerar a recuperação económica do país. “O nosso objetivo é simples, criar este espaço de encontro, fomentar o diálogo e reforçar pontes entre o setor público, o setor privado e os nossos parceiros de desenvolvimento”, acrescentou, reiterando que o mesmo evento não é apenas um espaço de debate, mas um convite à ação.
O Banco Internacional de Moçambique (BIM) iniciou atividade em outubro de 1995, em resultado de uma parceria estratégica entre o Banco Comercial Português (Millennium BCP) e o Estado Moçambicano.
No evento desta quinta-feira, o ministro da Planificação e Desenvolvimento de Moçambique, Salim Valá, destacou que o BIM tornou-se “um dos pilares do sistema financeiro moçambicano e um ator preponderante na dinamização” da economia moçambicana. “Na verdade, o Millennium BIM não acompanhou apenas a evolução do país, participou ativamente na construção dessa evolução”, reconheceu.
A maioria do capital do BIM é detido pelo BCP África (grupo Millennium BCP), com uma participação de 66,69%, seguindo-se o Estado de Moçambique (17,12%), o Instituto Nacional de Segurança Social moçambicano (4,95%) e a Empresa Moçambicana de Seguros (4,15%), entre outros acionistas.
Os lucros do BIM Moçambique caíram para metade no primeiro semestre, para quase 1,67 mil milhões de meticais (22,4 milhões de euros), face ao mesmo período de 2024. De acordo com informação das demonstrações financeiras de janeiro a junho, o desempenho compara com os 3,23 mil milhões de meticais (43,3 milhões de euros) de resultados líquidos nos primeiros seis meses de 2024.
Agência Lusa
Editado por Jornal PT50
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