Subscrever Newsletter - Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa no sistema financeiro.

Subscrever Newsletter

Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa no sistema financeiro.

Submeter

Ao subscrever aceito a Política de Privacidade

3 min leitura

Bancos europeus resilientes aos testes de stress não surpreende S&P Global

S&P Global concluiu que os bancos da UE mostraram resiliência, com todos a cumprirem requisitos legais de capital. Teste baixou CET1 dos bancos para 12,1%, um resultado acima dos 10,4% de 2023.

16 Ago 2025 - 07:16

3 min leitura

Foto: Freepik

Foto: Freepik

A S&P Global analisou os resultados dos testes de stress realizados pela Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla inglesa) e não encontrou “grandes surpresas”. Os bancos da União Europeia (UE) mostraram resiliência, sendo que nenhuma das 64 instituições “quebrou os requisitos legais de capital total no âmbito do processo de supervisão e avaliação”.

De acordo com a S&P Global, os bancos da UE mostraram uma deterioração de 370 pontos base ao seu CET1 perante os cenários adversos que a EBA testou. Este rácio caiu de 15,8% para 12,1%, o que configura um desempenho superior a 2023, quando o rácio se fixou em 10,4% quando confrontado com os cenários da entidade supervisora. Os testes deste ano previam uma situação em que o PIB da UE sofria uma contração de 6,3% e o desemprego subia para 11,6% ao longo de três anos.

Apesar de nenhum banco ter ficado abaixo dos requisitos legais, há 17 bancos que teriam ficado abaixo dos requisitos de capital totais, que incluem os requerimentos de ‘buffers’. Para alguns, sublinha a agência de ‘ratings’, isto poderia levar a restrições, como pagamentos de dividendos ou cupões de Tier 1 adicional.

“Embora mais bancos tivessem violado os limites regulamentares com base nos rácios de capital ‘fully loaded’, estes refletem o impacto da potencial expiração das disposições transitórias do regulamento relativo aos requisitos de capital (CRR) no final de 2032 (ou seja, muito além do horizonte de três anos do teste de esforço). Além disso, os bancos dispõem de tempo e meios suficientes para mitigar estes efeitos”, considera a S&P Global. Devido a isto, a agência acredita que “os impactos do capital nas taxas de transição são indicadores melhores”.

A instituição alerta que certos contornos dos testes levam a “viés inevitáveis”. A título de exemplo, surge o “balanço estático”, que parte do princípio que, ao longo dos três anos do teste de esforço, os bancos substituam todos os ativos e passivos vencidos por instrumentos semelhantes. Para bancos com grandes carteiras de crédito a taxa fixa e dependentes de depósitos ‘on sight’, argumenta, “o efeito sobre a receita líquida de juros pode ser significativamente negativo”.

O teste assume ainda, irrealisticamente, critica a S&P Global, que não haveria libertação do ‘buffer’ de capital contracíclico, “o que significa que mais bancos foram apresentados como violando os requisitos de capital em situações de stress do que seria provável na realidade”.

Subscrever Newsletter

Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa no sistema financeiro.

Ao subscrever aceito a Política de Privacidade