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CEO do BBVA confiante no resultado da OPA sobre o Sabadell
Onur Genç acredita que OPA vai superar os 50% "significativamente". CEO do BBVA alerta que preço de possível segunda OPA não será muito diferente do da primeira.
08 Out 2025 - 18:37
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Onur Genç CEO do BBVA | Foto: BBVA
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Onur Genç CEO do BBVA | Foto: BBVA
A Oferta Pública de Aquisição (OPA) do BBVA sobre o Banco Sabadell termina nesta sexta-feira, dia 10. O (potencial) comprador mostra-se confiante nesta operação, acreditando que vai ultrapassar significativamente os 50% de ações do banco visado. O CEO do BBVA, Onur Genç, mostrou-se “bastante satisfeito” com a adesão que tem havido e considerando que “está a emergir uma tendência claramente positiva”.
O líder do banco relembrou, numa conferência recente, que a maioria das ações das OPA deste género são vendidas nos últimos dias do período da oferta. Usa até as últimas que se sucederam em Itália e algumas em Espanha como exemplo, com estas a registarem perto de 75% das ações trocadas nos últimos três dias.
Sobre as razões principais para a confiança demonstrada, o líder do banco refere, em primeiro lugar, as reações de vários tipos de investidores. Para os investidores institucionais, explica, que representam cerca de 30% do capital do Sabadell, as suas decisões são baseadas em números. Estes investidores vão receber dividendos 41% superiores após a fusão, argumenta, ilustrando o porquê de estes deverem vender as suas ações.
Já os investidores institucionais passivos, com cerca de 20% do capital, detêm ações através de índices, como o IBEX35, exemplifica. Aqui, a venda das ações é proporcional ao que esperam que seja o nível de adesão à OPA. Por fim, em relação aos investidores do retalho, donos de 40% das ações, Onur Genç realça a melhoria feita à oferta e o facto de que o maior acionista individual, David Martínez, decidiu vender os seus 4% do capital.
A segunda razão apresentada é que o BBVA tem a custódia de cerca de 2% das ações do Sabadell, o que lhe permite acompanhar os dados diariamente, informa o CEO do banco. “Esperamos atingir 40% de aceitação entre este grupo de acionistas até o final do dia”, acrescenta.
Genç considera ainda que “as ações do Sabadell já não têm potencial de valorização e todos querem lucrar com as suas ações, aproveitando os níveis máximos” em que estas se situam. Os retornos tornam-se mais atrativos, argumenta, com as sinergias que vão permitir cortar custos.
Sobre uma possível segunda OPA, o CEO do BBVA descarta este cenário como sendo provável. Mais ainda, lança o repto para que os acionistas do Sabadell não esperem por essa mesma oferta, dado que considera a superação dos 50% altamente provável. No caso de uma segunda OPA, alerta o BBVA, esta não será necessariamente maior. O banco esclarece que o preço, de acordo com a lei, será o preço por ação mais elevado que pagou nos últimos 12 meses, tornando a proposta bastante próxima da atual.
A OPA do BBVA está avaliada em perto de 17 mil milhões de euros.
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