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Desempenho bolsista de bancos europeus supera rivais americanos e asiáticos no 3.º trimestre
Os bancos europeus superaram os americanos e asiáticos, com um crescimento de 14,71% no trimestre. A banca espanhola destacou-se, com Santander e BBVA a registarem grandes retornos.
05 Out 2025 - 09:06
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Foto: Adobe Stock/Leonid
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Os bancos europeus tiveram um desempenho superior ao dos rivais americanos e asiáticos no trimestre que terminou em setembro. Segundo uma análise da S&P Global, o índice S&P Europe BMI cresceu 14,71% nestes três meses e conta com uma subida de 73,89% nos primeiros nove meses do ano.
Em comparação, o índice US S&P 500 valorizou 25,48% desde janeiro e o S&P Pan Asia BMI 22,25%, indica a agência de notação financeira.
As ações das instituições bancárias europeias têm sido impulsionadas por “lucros trimestrais flutuantes”, com um contributo “forte” de receitas não relacionadas com juros. Desde o início do ano, vários bancos têm reportado aumentos de receitas em comissões, especialmente na área de ‘trading’, como forma de compensar o declínio das taxas de juro do Banco Central Europeu. A S&P Global recorda que os bancos beneficiaram da volatilidade do mercado para capitalizar na área de ‘trading’.
A agência de ‘rating’ destaca ainda que a maior rentabilidade e a robustez em termos de ‘buffers’ de capitais colocam os bancos europeus numa boa posição para absorver potenciais grandes perdas com créditos devido a tensões crescentes de ‘trading’, de acordo com os recentes testes de stress da Autoridade Bancária Europeia. “Isto pode levar a dividendos e recompras de ações mais elevadas pelos bancos da região”, aponta.
A consolidação bancária na Europa ganhou palco nos últimos meses, com as várias aquisições – ou tentativas de – em Itália e não só. A par da compra do Mediobanca pelo Monte dei Paschi di Siena e do BP Sondrio pelo BPER, deu-se também a aquisição do TSB Bank, no Reino Unido, comprado pelo Santander ao Banco Sabadell.
Banca espanhola em destaque
Os quatro maiores bancos de Espanha, realça a S&P Global, estão também entre os 15 que tiveram melhor desempenho neste terceiro trimestre. O Santander observou um retorno total de 26,3%, seguido pelo BBVA, com 25,2%. O Banco Sabadell registou 24,7% e CaixaBank 21,6%. A agência de ‘rating’ estima que “o forte crescimento económico em Espanha deve alimentar e impulsionar a recuperação da rentabilidade dos bancos ao mesmo tempo que estes enfrentam desafios geopolíticos e tensões comerciais globais”.
No topo da lista aparece um banco grego, o CrediaBank, que teve retornos de 99,8%. A instituição, que era antes o Attica Bank, assinou um acordo para adquirir perto de 70% da unidade maltesa do HSBC por 200 milhões. Ainda na Grécia, o Piraeus Financial Holdings teve retornos de 22,6%.
Em segundo lugar na lista aparece o sueco TF Bank AB, um banco digital que entrou na Nasdaq Stockholm em julho. A entidade planeia mudar o seu nome para Avarda Bank AB. A completar o pódio aparece o QNB Bank AS, a unidade turca do Qatar National Bank, que teve um retorno de 51,7%.
Entre estes 15 bancos estão também dois italianos: o Banco BPM, que escapou a um avanço hostil por parte do rival UniCredit, apresentou um retorno de 28,4% e o BPER, que, como referido, adquiriu o BP Sondrio, teve ganhos de 22,3%.
Do lado oposto, destaca-se o Cembra Money Bank, da Suíça, que apresentou um retorno negativo de 8,3%. Ainda de destacar, segundo a S&P Global, estão os bancos polacos, que sofreram quedas acentuadas após o Governo ter anunciado um imposto para os bancos, de forma a ajudar a financiar o investimento em defesa e saúde.
Mais a Norte, vários bancos noruegueses, como o SpareBank 1 Nord-Norge, SpareBank 1 Sør-Norge ASA e o SpareBank 1 Østlandet tiveram desempenhos negativos entre 3,3% e 4,4%. O maior banco do país, o DNB Bank ASA, teve um retorno negativo de 2,5%.
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