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Dono do Novo Banco lança “obrigações de guerra”
BPCE lança emissão de 750 milhões de euros a cinco anos para financiar projetos e infraestruturas de defesa, com uma taxa de juro anual que pode chegar aos 3,1%
28 Ago 2025 - 18:26
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Depois da ideia do “Banco Europeu para a Defesa”, patrocinada por várias instituições financeiras europeias, surge uma emissão de “obrigações de guerra” promovida pelo dono do Novo Banco. Com efeito, o banco francês BPCE acaba de lançar uma emissão de “obrigações de guerra” no valor de 750 milhões de euros, com o objetivo de financiar projetos na área da defesa e da segurança. Trata-se da primeira emissão de dívida temática deste género na União Europeia e de um novo instrumento para financiar projetos tecnológicos e de infraestruturas de defesa, refere a agência Reuters, citando o serviço de notícias de mercados de capitais da IFR.
O BPCE, que em junho adquiriu o Novo Banco por 6,4 mil milhões de euros, lança esta obrigação temática de defesa a cinco anos, em consonância com a nova metodologia da Euronext concebida para este tipo de emissões de dívida com enfoque na tecnologia e nas infraestruturas de armamento. Ou seja, trata-se da primeira obrigação do seu género, como refere o grupo francês no seu prospeto, destinada a financiar empresas militares sediadas na zona euro, e que já conta com uma procura garantida de 2,8 mil milhões de euros por parte dos investidores.
Os primeiros cálculos divulgados pela Bloomberg estimam que o juro anual poderia oscilar entre 3,9% e 2,8%, embora o IFR adiante que o juro do cupão será de 3,167%. No entanto, ainda não existem dados concretos a este respeito. Por outro lado, a qualidade de crédito destas obrigações será de ‘A1’, ‘A+’ e ‘A+’, segundo as três principais agências de notação financeira do mercado. Ou seja, trata-se de uma obrigação com grau de investimento, estando a data de liquidação (data em que a compra e venda se completam oficialmente) prevista para 5 de setembro.
Segundo a Reuters, a estrutura do título é semelhante à dos títulos verdes, usados para financiar projetos ambientalmente benéficos.
A obtenção do selo da Euronext não exige qualquer avaliação independente. No entanto, a BPCE irá recorrer a um revisor externo independente e publicará um relatório anual sobre a forma como foi alocado o dinheiro angariado, afirmou a empresa numa apresentação para investidores.
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