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Economia portuguesa financiou exterior em 2,4% do PIB no ano terminado em junho

A economia portuguesa financiou o exterior em 2,4% do PIB. Os particulares mostraram a maior capacidade de financiamento com 4,4%. O setor financeiro e as administrações públicas também apresentaram números positivos.

10 Out 2025 - 14:40

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Foto: Unsplash

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A economia portuguesa financiou o exterior em 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nos 12 meses terminados em junho, tendo os particulares apresentado uma capacidade de financiamento de 4,4% do PIB, de acordo com dados Banco de Portugal (BdP). “No ano acabado no segundo trimestre de 2025, a economia portuguesa financiou o exterior em 2,4% do PIB”, refere o BdP num comunicado divulgado nesta sexta-feira sobre as interligações entre setores nas contas nacionais financeiras e que representa uma redução face aos 2,6% anunciados há três meses.

Os particulares, o setor financeiro e as administrações públicas apresentaram, respetivamente, capacidades de financiamento de 4,4%, 1,3% e 0,7% do PIB, enquanto as empresas não financeiras foram “o único setor não residente a apresentar necessidade de financiamento”, na ordem de 3,9% do PIB. Os particulares tiveram a maior capacidade de financiamento e financiaram todos os restantes setores – com destaque para o setor financeiro.

Em termos líquidos, o financiamento dos particulares ao setor financeiro representou 1,6% do PIB, uma variação para que contribuiu, sobretudo, o aumento dos depósitos e o investimento em regimes de seguros e em ações ou outras participações, “parcialmente compensado pelo aumento dos empréstimos obtidos, designadamente com finalidade de habitação”.

Por sua vez, o setor financeiro financiou, em termos líquidos, o resto do mundo e as empresas não financeiras. O financiamento líquido para o resto do mundo representou 2,6% do PIB, “refletindo a compra de títulos de dívida emitidos pelo exterior (9,6% do PIB), que foi parcialmente compensada pelo aumento de depósitos de não residentes junto de bancos residentes (7,0% do PIB)”.

As administrações públicas, por sua vez, financiaram, em termos líquidos, o setor financeiro e o exterior em 1,5% e 1% do PIB, tendo a primeira variação sido atribuída à redução de títulos de dívida pública na carteira dos bancos e do aumento dos depósitos nesses e a segunda pelo aumento de aplicações junto de não residentes. Já o financiamento das administrações públicas pelos particulares representou 0,3% do PIB, muito devido ao interesse em Certificados de Aforro.

O resto do mundo financiou as empresas não financeiras em 2,1% do PIB, em termos líquidos, tendo o BdP destacado o investimento no capital de empresas não financeiras (2,5% do PIB) e em títulos de dívida emitidos por estas empresas (1,5%) do PIB. O banco central assinala que estes efeitos “foram parcialmente compensados pelo investimento das empresas em ações e outras participações de entidades não residentes (1,2% do PIB)”.

O BdP fez ainda uma análise à evolução do setor financeiro nos últimos 15 anos, assinalando que se verificou uma diminuição do ‘stock’ de ativos financeiros e passivos consolidados em percentagem do PIB devido ao crescimento da economia ao longo deste período. “O setor financeiro, assumindo uma função de intermediação financeira na economia, tem registado ativos financeiros líquidos próximos de zero”, aponta o comunicado do BdP.

O BdP regista que o exterior continuou a constituir, no final do segundo trimestre, “o principal setor de contraparte” do setor financeiro, aumentando o seu peso para 43% do ‘stock’ total. Por sua vez, as empresas não financeiras, ainda que menos relevantes do que no final de junho de 2010, “eram o segundo setor com maior peso no ‘stock’ total (25%)”.

Do lado do passivo, aumentou o peso do financiamento obtido pelo setor financeiro junto de particulares, empresas não financeiras e administrações públicas, reduzindo-se o do exterior. Segundo o BdP, no final do segundo trimestre deste ano, os particulares eram o principal financiador do setor financeiro, representando 40% do ‘stock’ total do seu passivo.

 

Agência Lusa

Editado por Jornal PT50

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