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FDH Bank, do Malaui, fecha compra e passa a liderar Ecobank moçambicano

O FDH Bank adquiriu o Ecobank Moçambique, detendo agora 98,87% da empresa. Esta transação segue uma estratégia de crescimento na África Austral e inclui mudança de nome e marca.

29 Set 2025 - 12:03

4 min leitura

Foto: FDH

Foto: FDH

O FDH Bank, do Malaui, confirmou ter concluído a aquisição do Ecobank Moçambique, que passa a liderar, com uma quota de 98,87%, conforme informação enviada à bolsa de valores daquele país, consultada neste domingo pela Lusa. De acordo com a informação, o banco FDH concluiu a compra da totalidade da participação do grupo pan-africano Ecobank na instituição, enquanto a posição minoritária restante de 1,13% continuará a ser detida pelo Fundo para o Fomento de Habitação, do Estado moçambicano.

O processo de transição em curso, explica ainda o FDH na mesma informação enviada à Bolsa de Valores de Malaui, inclui “uma mudança de nome e reformulação da marca, para garantir continuidade e estabilidade para clientes, funcionários e outras partes interessadas”. “Esta aquisição representa um marco significativo na estratégia de crescimento regional do FDH Bank Plc e reafirma o forte compromisso do banco em investir na África Austral. Espera-se que ofereça benefícios estratégicos, incluindo expansão de mercado, diversificação de receita, sinergias operacionais e criação de valor a longo prazo”, lê-se ainda.

A intenção de vender a participação foi oficialmente anunciada em 5 de agosto pelo Ecobank, considerado principal grupo privado de serviços financeiros no continente, presente em 35 países da África subsariana. “Esta transação representa uma alteração estratégica na estrutura acionista e na gestão operacional, não se prevendo qualquer perturbação nas operações bancárias, ativos ou colaboradores”, referia então a instituição financeira pan-africana.

Sem adiantar detalhes do investimento envolvido – tal como não foi feito pelo FDH na informação à bolsa -, o grupo acrescentava que a transação “obteve todas as aprovações regulatórias necessárias”.

O Ecobank operava até agora com agências nas principais cidades de Moçambique, desde 2000, tendo sido inicialmente constituído como Novo Banco, adotando a designação atual em 2014, na sequência da aquisição então feita pelo grupo pan-africano.

Citado no comunicado de agosto, o diretor-executivo do grupo Ecobank, Jeremy Awor, justificou a saída do banco em Moçambique como sendo uma decisão que “está alinhada” com a “estratégia de crescimento, transformação e retorno”. “Enquanto instituição financeira pan-africana, avaliamos continuamente as nossas operações para impulsionar um crescimento sustentável, mantendo sempre a nossa missão de promover a integração financeira e o crescimento económico em África”, acrescentou, garantindo que a venda da participação em Moçambique foi “cuidadosamente ponderada”. “Apesar da alteração da nossa presença direta em Moçambique, o nosso compromisso com a integração financeira pan-africana e com o desenvolvimento económico do continente mantém-se mais forte do que nunca”, concluiu.

O grupo Ecobank emprega mais de 14 mil colaboradores em África, contando com mais de 32 milhões de clientes, segundo dados da instituição.

Funcionam em Moçambique 15 bancos comerciais e 12 microbancos, além de cooperativas de crédito e organizações de poupança e crédito, entre outras.

Os lucros dos bancos moçambicanos recuaram 21,9% em 2024, segundo dados do Banco de Moçambique no relatório de estabilidade financeira de junho. O banco central explica, no documento, que a redução nos resultados líquidos da banca, que totalizaram 24 mil milhões de meticais (319,4 milhões de euros), resulta, por um lado, “do aumento dos custos operacionais, com destaque para os gastos com pessoal, em 7,88%”, mas também “da redução de outros resultados de exploração, refletindo o aumento das perdas por imparidade em 44,60%”.

 

Agência Lusa

Editado por Jornal PT50

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