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Fórum Económico Mundial iliba Klaus Schwab de má conduta e passa a ter Larry Fink e André Hoffmann como líderes
O presidente interino do Fórum Económico Mundial renuncia e dois novos líderes assumem. A organização promete reforçar a governança e centrar-se na sua missão original.
18 Ago 2025 - 15:37
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Klaus Schwab, fundador do Fórum Económico Mundial | Foto: Wikimedia
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Klaus Schwab, fundador do Fórum Económico Mundial | Foto: Wikimedia
O Fórum Económico Mundial (FEM) terminou o inquérito ao seu fundador, Klaus Schwab, e à sua esposa, Hilde Schwab, tendo chegado à conclusão de que não há “provas substanciais de má conduta”. Com a investigação concluída, o presidente interino, Peter Brabeck-Letmathe, decidiu renunciar ao cargo, segundo avança a instituição em comunicado. Para o suceder, o Conselho de Administração escolheu Larry Fink e André Hoffmann, que vão partilhar a posição.
Fink é presidente do Conselho de Administração e CEO da BlackRock e Hoffmann é vice-presidente da Roche Holdings.
O casal Schwab rejeitou desde início as acusações e revelou então que ia avançar com um processo judicial contra os delatores. Em declarações ao Wall Street Journal, Schwab adiantou agora que não pretende seguir em frente com este processo.
O FEM entende que “irregularidades menores, decorrentes da falta de clareza entre contribuições pessoais e operações do Fórum, refletem um profundo compromisso, e não uma intenção de má conduta”. A instituição destaca ainda a contribuição de Hilde Schwab para o FEM ao longo de mais de cinco décadas, sempre sem remuneração.
A administração do FEM adianta que tomou medidas face aos problemas identificados ao longo do processo, o que inclui um reforço da governança, em geral. Mais especificamente, o Conselho de Administração reconhece que vários funcionários da organização consideraram não ter sido tratados como deviam e lamenta que assim seja. Segundo o FEM, “medidas foram adotadas e implementadas, assegurando que os princípios de integridade, respeito e comportamento responsável são seguidos estritamente a todos os níveis da organização”. “Este é um dos pilares do nosso Código de Conduta, e esforçamo-nos para cumprir esses princípios importantes em cada momento”, acrescenta.
O conselho lamenta ainda o escrutínio público que se deu antes da conclusão da investigação e a pressão colocada sobre Klaus Schwab e Hilde Schwab.
“Com os factos agora claramente estabelecidos, avançaremos com clareza, uma governança mais forte e um foco renovado na nossa missão”, garante a instituição. O FEM adianta que “o próximo capítulo vai ser guiado pela missão original de Klaus Schwab: unir governos, empresas e a sociedade civil para melhorar o mundo”.
Assim, o Conselho de Administração reitera estar “comprometido com fortalecer a governança do Fórum, reforçar os seus valores fundamentais como uma plataforma imparcial e de confiança para cooperação global e acelerar os seus esforços estratégicos para aumentar o impacto da colaboração global num futuro melhor”.
Recorde-se que, em abril, surgiram denúncias a Schwab por parte de funcionários do FEM, alegando má conduta por parte do mesmo e da sua esposa. Estas acusações levaram à sua demissão, quase 55 anos após ter criado a organização que até então liderava.
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