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Inquilinos utilizam 116% do rendimento mensal para pagar a renda em Lisboa

Relatório do Conselho Europeu coloca a capital portuguesa no topo das cidades europeias onde é mais caro arrendar

23 Out 2025 - 09:20

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Foto: Adobe Stock/luaeva

Foto: Adobe Stock/luaeva

Os dirigentes europeus reúnem-se hoje, em Bruxelas, para discutir, entre outros temas, o problema da habitação. O acesso a habitação a preços acessíveis tornou-se uma preocupação social e económica crescente, e o tema estará em destaque na agenda do encontro.

Em antecipação a esta reunião, as equipas de pesquisa do Conselho Europeu elaboraram um relatório sobre o setor imobiliário que aponta Lisboa como a cidade europeia onde os inquilinos têm de dedicar a maior percentagem do seu rendimento mensal ao pagamento da renda — 116%. As cidades espanholas Barcelona e Madrid surgem também entre as mais onerosas, com os inquilinos a destinarem 74% do rendimento mensal ao pagamento da renda.

Segundo o documento, o custo médio do arrendamento na União Europeia (UE) aumentou 58,3% na última década. Em Portugal, a subida foi de 147%; na Hungria, de 237,5%; e na Bulgária, de 137,5%. Pelo contrário, a Finlândia registou uma ligeira queda de 0,4% nos preços, enquanto os menores aumentos ocorreram em Itália (13,3%), Chipre (13,7%) e França (26,7%).

O relatório destaca ainda a pressão crescente sobre o mercado de arrendamento, resultante do aumento da procura, sobretudo nas áreas urbanas e economicamente mais dinâmicas. Alguns governos têm considerado regular os preços do arrendamento, criar programas de subsídios ou colaborar com investidores privados para aumentar a oferta de habitação, embora os efeitos de longo prazo dessas medidas ainda careçam de avaliação.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestou a sua intenção de priorizar o combate à crise imobiliária, sublinhando que o acesso à habitação se tornou uma fonte de preocupação para muitos cidadãos europeus.

Neste contexto, será debatido o que pode ser feito a nível europeu para apoiar os esforços nacionais, regionais e locais. O debate servirá também para orientar o futuro Plano Europeu de Habitação a Preços Acessíveis, a apresentar pela Comissão Europeia.

Este plano, que esteve em consulta pública até à passada sexta-feira, recebeu 6 321 contributos, a maioria (90,7%) de cidadãos europeus, dos quais 244 vieram de Portugal. As maiores participações foram registadas em Itália (1 279) e França (1 052).

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