O Banco Montepio assessorou a Riopele, uma empresa de têxteis de Vila Nova de Famalicão, na estruturação da sua primeira emissão de obrigações verdes, por oferta particular e direta, no valor de três milhões de euros. Esta emissão visa apoiar o investimento num parque solar fotovoltaico nas instalações da empresa, explica o Montepio em comunicado.

A emissão é certificada como ‘Green Bonds’ e cumpre com as condições estabelecidas nos “Green Bonds Principles”, publicados pela International Capital Market Association, conforme a ‘Second Party Opinion’ emitida por uma entidade externa independente, garante o Montepio. A entidade independente considera que o projeto está enquadrado nas categorias de “Energia Renovável” e “Eficiência Energética” dos “Green Bonds Principles” e contribui para os ODS 7 e 9 – Energias Renováveis e Acessíveis e Indústria, Inovação e Infraestruturas, respetivamente.

O investimento em causa vai resultar num parque destinado a autoconsumo, com potência instalada de 4586 kWp e está enquadrado no projeto Riopele EE+R – Energia mais Eficiente e mais Renovável. Entre os benefícios apresentados está a redução da emissão de gases com efeito de estufa em 1081 toneladas de CO2 por ano, de forma a contribuir para o objetivo de estratégia de sustentabilidade da Riopele, informa o banco.

O Montepio participou na operação na qualidade de coordenador global e investidor e, assim, “assumiu a responsabilidade pela organização e montagem da operação e subscreveu a emissão”, revela. O CEO do Grupo Banco Montepio, Pedro Leitão, sublinha o compromisso do grupo com a “aceleração da transição energética e na descarbonização” das empresas, afirmando-se como “parceiros das empresas na prossecução dos seus objetivos de sustentabilidade”.

Já o CEO da Riopele, José Teixeira, refere que a empresa tem feito uma “forte aposta no cruzamento da competitividade com a sustentabilidade ambiental”, quer a um nível processual quer ao nível dos produtos. Com o projeto Riopele EE+R, “a empresa dá continuidade a essa aposta investindo  em produção de energia renovável solar para autoconsumo e em componentes associadas à eficiência energética na produção e utilização de vapor e de ar comprimido”, reforça.