Subscrever Newsletter - Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa no sistema financeiro.

Subscrever Newsletter

Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa no sistema financeiro.

Submeter

Ao subscrever aceito a Política de Privacidade

4 min leitura

Novo Governador preocupado com o mercado imobiliário

Álvaro Santos Pereira define agenda para a atuação do Banco de Portugal nos próximos cinco anos.

06 Out 2025 - 11:34

4 min leitura

Audição 17/9 parlamento, Álvaro Santo Pereira

Audição 17/9 parlamento, Álvaro Santo Pereira

Com a presença de Mário Centeno e de todos os presidentes das principais instituições de crédito a operar em Portugal, a tomada de posse do novo governador do Banco de Portugal realizou-se nesta segunda-feira, no Museu do Dinheiro, em Lisboa. Álvaro Santos Pereira definiu as prioridades para os próximos cinco anos à frente do Banco de Portugal, destacando o acompanhamento de perto da evolução do mercado imobiliário, que considerou “uma preocupação”, face ao incipiente mercado de arrendamento e ao reduzido crescimento da oferta.

Entre as prioridades definidas pelo novo governador estão a “condução da política monetária no seio do Eurosistema, em particular a alteração das regras de cedência de liquidez a longo prazo”; a supervisão bancária, que continuará a ser exercida “de forma ativa e em todas as vertentes”, com Santos Pereira a assegurar que “o Banco de Portugal está preparado para qualquer choque que possa surgir”; e a questão dos sistemas de pagamentos, com o novo governador a afirmar “a neutralidade” do supervisor face aos vários sistemas existentes no país, garantindo, contudo, que “o numerário deve permanecer acessível a todos os portugueses”.

Entre as iniciativas a implementar, Santos Pereira apontou a reativação do Conselho Nacional de Estabilidade Financeira, um apelo à união de todos os supervisores financeiros numa grande campanha nacional de literacia financeira e um convite a todos os bancos centrais para a criação de uma rede internacional destinada a debater os grandes problemas da atualidade e a realizar uma conferência anual.

Na sua breve intervenção, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, agradeceu a Mário Centeno e a todo o conselho de administração do Banco de Portugal e destacou o currículo de Álvaro Santos Pereira.

Banca deve garantir suficientes caixas automáticas

O novo governador do Banco de Portugal, Álvaro Santos Pereira, disse ainda que o sistema bancário tem de manter suficientes caixas automáticas em todo o país para garantir que a população consegue aceder facilmente a dinheiro físico. Para isso, defendeu que é preciso que o sistema bancário faça investimentos adequados nas máquinas de distribuição de numerário em todo o país.

“Embora a importância dos pagamentos digitais tenha vindo a aumentar, devemos assegurar que o numerário permanece facilmente acessível a todos os portugueses. Para tal, é essencial manter o investimento adequado na infraestrutura de distribuição de numerário em todo o território”, afirmou.

Nos últimos anos tem sido recorrente o tema das caixas automáticas para levantamento de dinheiro, depois de terem diminuído sobretudo as da rede Multibanco.

Em início de setembro, a Denária, associação que defende a utilização do numerário como um meio de pagamento, criticou os “desertos de numerário” em Portugal, devido à falta de caixas multibanco, considerando que afeta sobretudo os grupos mais isolados e vulneráveis.

A associação citava dados do Banco de Portugal de 2022, segundo os quais 1.276 freguesias (41%) não tinham qualquer ponto de acesso a dinheiro físico.

Para a associação, é imperativo reforçar a cobertura da rede e garantir que todos os portugueses mantêm o direito de utilização do numerário, o meio de pagamento mais utilizado em Portugal.

Dados do Banco de Portugal de 2024 indicam que existiam então cerca de 13.000 caixas automáticas em Portugal.

Ainda no discurso de tomada de posse, Santos Pereira disse hoje que irá trabalhar na “simplificação regulatória”, considerando que depois do reforço da supervisão e regulação sobre o setor bancário na última década, na sequência das crises, é preciso agora eliminar legislação “redundante” e “excessiva” para tornar a regulamentação “mais ágil e coerente”.

Subscrever Newsletter

Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa no sistema financeiro.

Ao subscrever aceito a Política de Privacidade