A Fundação “la Caixa”, em colaboração com o BPI e o IEFP, intermediou a contratação de 1746 pessoas em situação de vulnerabilidade em Portugal em 2024. Houve 906 empresas, de vários setores, envolvidas neste processo. As empresas participantes vinham dos ramos da hotelaria, comércio, construção, limpeza, jardinagem, entre outros.

Em 2024, a Fundação “la Caixa” destinou 50 milhões de euros a projetos sociais, de investigação, educativos e de divulgação cultural e científica. O Incorpora é um programa assente na colaboração entre 52 entidades sociais portuguesas que trabalham em rede com 107 técnicos especializados, explica a fundação em comunicado. “Estes profissionais desenvolvem itinerários personalizados que reconhecem o potencial de cada indivíduo, incentivando a sua autonomia e participação ativa no mercado de trabalho”, acrescenta.

Segundo a fundação, as empresas que participam neste programa promovem não apenas a criação de emprego, como também “ambientes mais diversos e inclusivos”. Desta forma, “reforçam o seu papel como agentes de transformação social, contribuindo para os ODS 8 e 10”. Estes dois ODS estão relacionados com o trabalho digno, o crescimento económico e a redução de desigualdades. Desde a implementação do programa, em 2018, mais de 9500 pessoas em situação de vulnerabilidade já encontraram emprego.

O subdiretor geral da Fundação “la Caixa”, Marc Simón, acredita que esta iniciativa “transforma territórios e impacta vidas” e baseia-se no “estabelecimento de alianças entre entidades sociais e o setor empresarial”. A fundação promove este projeto desde 2018 com o intuito de “derrubar barreiras visíveis e invisíveis que dificultam o acesso ao emprego” de pessoas em situação ou risco de exclusão social.

A par do Incorpora, o programa tem também o projeto ReIncorpora para pessoas que passaram por estabelecimentos prisionais. Esta iniciativa pretende dotar estas pessoas de competências, “reforçando os seus valores, confiança e motivação e melhorar as suas habilidades pessoais e profissionais”. Este projeto resulta de uma parceria com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, que começou em 2023 em quatro estabelecimentos, na Área Metropolitana de Lisboa, e foi ampliado em 2024 para mais três no distrito do Porto dada a avaliação positiva. Já foram integradas 36 pessoas no mercado de trabalho, fruto do ReIncorpora.