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Secas, deslizamentos e incêndios florestais podem reduzir PIB mundial em 2%
Banco de Pagamentos Internacionais revela que os desastres meteorológicos têm efeitos macroeconómicos prolongados e atingem sobretudo a agricultura, a energia e a construção, com impacto persistente nos preços dos alimentos.
29 Set 2025 - 16:30
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Um novo estudo do Banco de Pagamentos Internacionais (BIS) conclui que os desastres meteorológicos não são apenas uma tragédia ambiental, mas também uma ameaça direta e duradoura à economia global.
A investigação, que analisou dados de 151 países, entre 2000 e 2024, mostra que secas de dimensão média podem reduzir o PIB em 2% no espaço de quatro anos, enquanto deslizamentos de terras podem provocar quedas de 1% e incêndios florestais de 0,4%.
Os analistas sublinham que os impactos não se esgotam no curto prazo. A agricultura, silvicultura, pesca, mineração, construção, água e energia estão entre os setores mais penalizados.
O estudo refere também que, embora a maioria dos desastres meteorológicos tenha efeitos limitados sobre a inflação global, os preços dos alimentos tendem a aumentar de forma mais acentuada e persistente do que os restantes componentes do índice de preços no consumidor.
O relatório alerta ainda para o papel decisivo das políticas públicas. Países com margem orçamental e sistemas de seguros eficazes conseguem amortecer melhor os choques económicos causados por catástrofes naturais. Já para os bancos centrais, a conclusão é clara: a política monetária terá de pesar cada vez mais o impacto das alterações climáticas na estabilidade económica e de preços.
“A questão de saber se e como os choques climáticos extremos se transmitem à atividade económica e, por sua vez, à inflação é fundamental para a política monetária”, destaca o BIS.
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