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Unidade suíça do HSBC vai cortar mais de mil clientes de elevado património do médio oriente
O HSBC vai cortar clientes devido a investigações de reguladores sobre riscos. O banco enfrenta problemas com regras anti-lavagem de dinheiro.
25 Ago 2025 - 11:38
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O banco privado suíço do HSBC vai cortar mais de mil clientes de elevado património do médio oriente devido a um escrutínio em curso dos reguladores sobre clientes de alto risco. A instituição vai cessar a sua relação com um conjunto de clientes de países como a Arábia Saudita, Qatar, Líbano e Egipto, segundo fontes conhecedoras do assunto citadas pelo Financial Times (FT).
Os clientes afetados – muitos com ativos superiores a 100 milhões de dólares (cerca de 86,1 milhões de euros) – já foram informados pelo banco sobre a situação e de que não vão poder continuar a usar os serviços. Estes clientes serão aconselhados, via carta, a mudarem as suas contas nos próximos meses, de acordo com uma das fontes.
Estas alterações surgem na sequência de avisos por parte do regulador bancário, Finma, sobre as averiguações do HSBC a clientes de alto risco. O FT recorda que, em 2024, o mesmo banco suíço foi impedido de aceitar figuras públicas como clientes depois da Finma ter descoberto que a instituição violou legislação anti-lavagem de dinheiro. Segundo a Finma, o banco não seguiu os processos devidos em relação a várias transações ocorridas entre 2002 e 2015, que resultaram em mais de 300 milhões de dólares (cerca de 258,4 milhões de euros) transferidos entre o Líbano e a Suíça.
A Finma declarou que o banco falhou na identificação de lavagem de dinheiro nestas transações. Também não cumpriu os requisitos de início e continuação de acompanhamento das relações com clientes que são pessoas politicamente expostas, o que configura “violações graves” dos processos a que está obrigado.
O regulador obrigou a instituição a uma revisão de anti-lavagem de dinheiro de todas as suas relações de alto risco com clientes que são figuras públicas. A Finma proibiu ainda novas relações deste género até ao fim da revisão. Os clientes que são considerados de risco elevado têm mais de 100 milhões de francos suíços (cerca de 106,6 milhões de euros), mas nesta classificação entra também a nacionalidade do cliente, entre outros fatores.
No mês passado, recorda o periódico britânico, autoridades francesas e suíças estavam a investigar o HSBC por “conexões com alegadas ofensas de lavagem de dinheiro ligadas a duas relações bancárias históricas”.
O CEO da unidade ‘International Wealth and Premier Banking’ do HSBC, Barry O’Byrne, sublinha que o banco tem um “compromisso absoluto” com os negócios de ‘wealth management’ do médio oriente e da suíça. Acrescenta ainda que “a Suíça tem um papel central em como apoiamos os clientes a nível global – é um dos nossos principais centros de riqueza. A nossa estratégia é expandir significativamente o nosso negócio de ‘wealth management’, e temos obtido sucesso nessa missão. Essa estratégia prevê investimentos contínuos nos nossos negócios no médio oriente e na Suíça, com o objetivo de oferecer o melhor serviço aos nossos clientes”.
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