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Banco central da Suécia quer desenvolver pagamentos offline como medida preventiva em caso de guerra
O Riskbank considera que ambiente global impõe que se proporcione mais resiliência ao sistema de pagamentos, nomeadamente ser possível pagar online e manter o dinheiro como forma de pagamento.
11 Mar 2025 - 14:51
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O banco central da Suécia anunciou que pretende fortalecer a resiliência dos sistemas de pagamentos, para que seja possível pagar offline com cartões e usar dinheiro para adquirir bens essenciais.
“Os atores do mercado de pagamentos públicos e privados precisam de tomar medidas para aumentar a preparação do sistema de pagamentos. O público em geral também tem a responsabilidade de proteger a sua capacidade de fazer pagamentos em caso de crise ou, no pior cenário, de guerra”, refere o Riskbank, tendo em conta um relatório apresentado pelo banco central nesta segunda-feira.
No relatório, o Riksbank enfatiza que o Estado tem de desempenhar um papel ativo no setor de pagamentos para promover a inovação, competição e resiliência, entre outras coisas. “O papel do Riksbank depende das mudanças no mundo ao nosso redor e de quão bem o próprio mercado pode responder à necessidade da sociedade de pagamentos seguros, eficientes e acessíveis”, refere.
Uma área que o Riksbank acredita que precisa de ser melhorada consideravelmente, particularmente à luz do mal-estar geopolítico no mundo, é a possibilidade de pagar com cartão quando a internet não está a funcionar, os chamados pagamentos offline. A possibilidade de pagar offline na Suécia é atualmente limitada.
“À luz da deterioração da situação de segurança na Suécia e na nossa região vizinha, tanto os atores públicos quanto os privados precisam urgentemente de intensificar os seus esforços para criar um mercado de pagamentos que possa suportar interrupções. O Riksbank está, portanto, a dar prioridade ao trabalho para melhorar a possibilidade de fazer pagamentos offline com cartão para fortalecer a resiliência”, refere em comunicado o governador Erik Thedéen.
O objetivo, adianta o governador, é criar com os restantes ‘stakeholders’ suecos uma solução que possa entrar em vigor até 1 de julho de 2026. “Mas também pedimos ao público que fortaleça a sua própria preparação para pagamentos e tenha cartões de pagamento físicos e dinheiro disponíveis e use esses métodos de pagamento regularmente”, acrescenta Erik Thedéen.
São necessárias medidas para manter o uso de dinheiro
O banco central considera ainda que é necessário manter em uso o dinheiro físico. Defende, por isso, que se deve recorrer à legislação para manter dinheiro em circulação.
“Para proteger a infraestrutura de dinheiro na Suécia e para que o dinheiro continue a funcionar como um meio de pagamento, o Riksdag [parlamento sueco] e o Governo devem introduzir uma obrigação de dinheiro para a venda de bens essenciais e legislar sobre medidas para proteger toda a cadeia de dinheiro. Também acreditamos que há razão para considerar um limite máximo para compras em dinheiro para dificultar a economia criminosa”, continua Erik Thedéen.
Outra área prioritária para o banco central da Suécia é permitir pagamentos instantâneos em maior extensão.
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