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CGD regista lucros recorde de 1,37 mil milhões de euros até setembro
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Depósitos cresceram 5,6% e o crédito subiu 2,8%. O custo de crédito é o mais baixo em anos. A digitalização é uma prioridade para o presidente do banco, Paulo Moita de Macedo.
07 Nov 2024 - 19:53
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Foto: Jornal PT50 | Luís Alves Almeida
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Foto: Jornal PT50 | Luís Alves Almeida
A Caixa Geral de Depósitos apresentou esta quinta-feira os seus resultados para os primeiros nove meses do ano. O banco do Estado arrecadou lucros recorde de 1,37 mil milhões de euros, o que representa uma subida de 38,7% em termos homólogos – mais 382 milhões de euros. A CGD entregou já 1,53 mil milhões aos cofres do Estado, entre dividendos e IRC de 2023 e 2024.
O banco apresenta-se como a entidade financeira que mais viu crescer o seu volume de negócios em Portugal. Houve um aumento de 7 mil milhões face ao ano anterior, alcançando, assim, um total de 144 mil milhões de euros até setembro deste ano. A margem financeira, por sua vez, viu uma ligeira subida de 1,5% para 2,12 mil milhões. No que diz respeito às comissões, estas cresceram 2,6%, o que, explica Paula Geada, administradora financeira da Caixa, se deu mais devido ao aumento do volume de negócios do que ao aumento do preçário, que não ocorreu, segundo a mesma.
A par disto, também os depósitos de clientes viram um aumento de 5,6% para 74,21 mil milhões de euros, a nível nacional, quando comparado com dezembro do ano passado. Já na ótica do crédito, a CGD viu um aumento de 2,8% na carteira de créditos a clientes, tanto particulares como institucionais, para 46,62 mil milhões de euros. O crédito a particulares subiu 2,2% enquanto o crédito a empresas teve um incremento de 3,6%.
Em termos de eficiência, o banco apresenta um cost to income de 25,7%, uma ligeira descida de 0,1 pontos percentuais. Por sua vez, o rácio CET1 fixou-se em 21%, uma subida de 0,7 pontos percentuais. O rácio NPL ficou em 1,59%, uma pequena descida de 0,06 pontos percentuais em relação a dezembro de 2023. A CGD apresenta ainda um custo de risco de crédito de -0,47%, abaixo dos 0,29% registados no final do ano anterior.
Também nos primeiros nove meses deste ano, o banco público registou uma “reversão de provisões e imparidades” no valor de 106 milhões de euros, depois de no ano passado ter constituído provisões no valor de 510 milhões de euros.
Os custos de estrutura da Caixa caíram 1,1% para 780 milhões, de forma homóloga. Olhando para os números dos recursos humanos, é possível averiguar que a CGD tem 6227 colaboradores, menos 16 em relação a dezembro de 2023, e 512 agências no país, as mesmas do final do ano passado.
O grupo beneficiou ainda de uma contribuição de cerca de 150 milhões de euros vindos das operações fora do país.
“Há um esforço grande a fazer na digitalização e serviço ao cliente, e também nas pessoas”, reforça o presidente da CGD, Paulo Moita de Macedo. O dirigente sublinha a questão da digitalização como forma de “melhorar o serviço e a eficiência”. Por fim, realça que o risco do crédito é o menor dos últimos anos, mas mantém a consciência de que há muito a fazer.
Quando questionado sobre a sua continuidade à frente do banco, Paulo Moita de Macedo remeteu para as declarações do ministro das Finanças e confirmou que foi convidado a continuar à frente da instituição bancária do Estado.
LAA
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