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Comité de Basileia insta países a concluírem regras sobre fundos próprios
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As normas alteram a forma como os bancos avaliam o seu risco, aumentando o montante de capital que devem reservar para absorver as perdas.
24 Out 2024 - 10:38
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O presidente do Comité de Supervisão Bancária de Basileia (BCBS na sigla em inglês) defendeu que se deve aumentar os padrões de gestão de risco e instou os reguladores a concluírem rapidamente o conjunto final de regras de capital de Basileia.
Erik Thedeen, presidente do banco central da Suécia, que assumiu a presidência do BCBS em maio, disse aos financeiros reunidos em Washington, nesta quarta-feira, que o trabalho do comité de coordenação dos reguladores bancários a nível mundial é fundamental e repreendeu os intensos esforços de lobbying dos bancos para diluir as novas regras de capital mais rigorosas “Basileia III Endgame”, refere a agência Reuters.
As normas alteram a forma como os bancos avaliam o seu risco, aumentando assim o montante de capital que devem reservar para absorver as perdas. Recorde-se que as regras enfrentaram uma resistência sem precedentes do setor nos Estados Unidos, bem como resistência na Grã-Bretanha e na União Europeia, que adiaram e atenuaram as normas.
Segundo a agência noticiosa, argumentaram que o capital adicional é desnecessário e irá limitar os empréstimos e prejudicar a economia.
Thedeen defende, porém, que normas mais rígidas fortaleceriam o sistema financeiro global e que os governos deveriam “garantir” esses benefícios o mais rápido possível. O alívio de que os bancos poderão beneficiar com regras mais fracas poderá ter custos a longo prazo para os credores e para a economia, disse Thedeen, que também desdenhou os protestos dos bancos de que as regras iriam prejudicar a concessão de empréstimos.
“Tal como noutras áreas da política económica, quaisquer ganhos percebidos a curto prazo são geralmente mais do que compensados por dores a longo prazo”, disse na conferência do Institute for International Finance. “Cortar alguns pontos base de capital não vai desbloquear uma onda de novos empréstimos, mas vai enfraquecer a sua resistência”, acrescentou.
Enquanto vários países trabalham para implementar as normas de capital de Basileia, acordadas na sequência da crise financeira de 2007-2009, Thedeen exortou os países a manterem-se coerentes uns com os outros e a evitarem um “vale tudo” de políticas diferentes.
As normas mínimas globais facilitam a atividade dos bancos internacionais em várias jurisdições e evitam um “nivelamento por baixo”, defendeu.
“Podemos ter opiniões diferentes sobre Basileia III, mas penso que todos podemos concordar que é preferível dispor de condições de concorrência equitativas a nível mundial a uma manta de retalhos de regulamentações díspares”, afirmou.
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