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Governador do BdP defende que remunerar bem os depósitos é uma “responsabilidade social”
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O governador do Banco de Portugal criticou a diferença entre os juros dos depósitos no banco central e nos bancos. Destacou a responsabilidade social de gerir as poupanças dos portugueses e pediu mais apoio à economia.
12 Mar 2025 - 16:13
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Foto: Cristina Bernardo | Media9
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Foto: Cristina Bernardo | Media9
O governador do Banco de Portugal defendeu nesta quarta-feira, numa conferência organizada pelo Jornal Económico, o “Fórum Banca”, que “não é muito compreensível que haja uma diferença significativa entre a remuneração dos depósitos da banca no banco central e a remuneração dos depósitos que a banca faz aos seus clientes”.
A atividade da banca de receber depósitos “é atribuída por nós, pelo país”, recordou o governador, acrescentando que é uma “responsabilidade social gerir as poupanças dos portugueses” e respeitar esse contrato social também na remuneração dos depósitos.
“Hoje, podemos exigir que a banca apoie a economia, que a banca reflita no rendimento que dá às poupanças dos portugueses aquilo que é também a remuneração que a banca obtém nos bancos centrais pelos depósitos que lá tem”, afirmou Centeno.
Do dinheiro que os clientes depositam nos bancos, a parte que os bancos não emprestam em crédito depositam nos bancos centrais. Atualmente, a taxa de juro de depósitos do BCE é de 2,5%, sendo esse o juro que os bancos recebem pelo dinheiro que aí depositam.
Já a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu em janeiro pelo 13.º mês consecutivo para 1,98%, segundo dados do Banco de Portugal.
O tema dos juros dos depósitos foi hoje debatido no painel dos banqueiros no Fórum Banca, que consideraram que a remuneração dos depósitos é sobretudo uma questão de concorrência, de procura e oferta.
Mário Centeno (ex-ministro das Finanças de governos PS, de António Costa) termina o seu mandato como governador do Banco de Portugal em julho deste ano. A crise política e novas eleições legislativas poderão levar a atrasar a recondução ou substituição do governador, pois este é nomeado pelo Governo mas tem de passar por audições no parlamento antes de tomar posse.
CDN com Agência Lusa
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