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Mediobanca termina ano fiscal com lucro recorde de 1,33 mil milhões enquanto foge de OPA
O Mediobanca anunciou um lucro recorde de 1,33 mil milhões, com um dividendo final de 1,15 euros. Planeia manter um rácio CET1 acima de 14% até 2026 e aumentar lucros para 1,9 mil milhões até 2028.
31 Jul 2025 - 11:09
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Foto: Mediobanca
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Foto: Mediobanca
O italiano Mediobanca anunciou nesta quinta-feira um lucro recorde de 1,33 mil milhões no ano fiscal terminado em junho, um aumento de 4,5% face ao período homólogo. O banco destaca que atingiu todos os seus objetivos e continua a rejeitar a Oferta Pública de Aquisição (OPA) por parte do rival Monte dei Paschi di Siena (MPS), que considera estar 30% abaixo do valor adequado e comporta vários riscos para a instituição.
O banco vai distribuir um dividendo final de 1,15 euros, com os 59 cêntimos em falta a serem distribuídos em novembro, informa. O RoTE do grupo foi de 14,2%, com o lucro por ação a subir de 1,53 euros para 1,64 euros.
A empresa já executou uma recompra de 385 milhões em ações, correspondentes a 2,9% do capital, e anulou 20 milhões de ações de tesouraria. A par disto, está agora pendente uma autorização dos reguladores para um novo programa de recompra de 400 milhões.
As receitas totais do grupo nestes 12 meses ascenderam a 3,72 mil milhões, mais 3,1% do que no ano anterior, com a margem financeira a ter uma quebra de 1% para 1,97 mil milhões. Por sua vez, o rendimento de comissões aumentou 14,2% para 1,07 mil milhões. Em relação aos custos operacionais, estes fixaram-se em 1,61 mil milhões, mais 4,4% em termos homólogos. O rácio de eficiência foi de 43%.
Apesar dos resultados positivos, o Mediobanca revela que, “nos últimos seis meses, marcados pela incerteza estratégica decorrente da oferta do MPS, assistiu-se à saída de banqueiros do MB Private e saídas de dinheiro de quase 1,5 mil milhões”.
O banco alcançou um rácio CET1 de 15,1%, com o rácio de capital total a ascender a 17,9%. O rácio CET1 teve uma ligeira descida de 0,1 pontos percentuais, que reflete a distribuição total do lucro em dividendos e a proposta de recompra de ações, explica o Mediobanca.
Até 2026, o Mediobanca pretende um rácio CET1 acima de 14%, com um lucro de cerca de 1,4 mil milhões, os quais pretende distribuir por completo. Até 2028, o banco quer lucros anuais de 1,9 mil milhões, o que corresponde a um aumento de 45% entre 2025 e 2028.
Entre a estratégia do banco está ainda a aquisição do Banca Generali, uma jogada que a instituição espera travar a sua própria aquisição pelo MPS. Está agendada para setembro a assembleia de acionistas para aprovar esta operação. Entretanto, a OPA do MPS começou a 14 de julho e vai até 8 de setembro.
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