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Nicolas Namias: o estratega discreto que quer levar o Novo Banco para o coração da Europa financeira

À frente do Groupe BPCE desde o final de 2022, Nicolas Namias, de 49 anos, representa uma nova geração de líderes bancários franceses: tecnocrata de formação, estratega por vocação.

12 Jun 2025 - 17:20

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Nicolas Namias, CEO do BPCE | Foto: BPCE

Nicolas Namias, CEO do BPCE | Foto: BPCE

À frente do Groupe BPCE desde o final de 2022, Nicolas Namias representa uma nova geração de líderes bancários franceses: tecnocrata de formação, estratega por vocação. Aos 49 anos, o atual CEO do grupo que está prestes a adquirir o Novo Banco conjuga uma sólida carreira nos sectores público e financeiro com uma visão centrada na modernização, expansão e robustez do setor cooperativo francês.

Formado pela ESSEC Business School e pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), concluiu ainda o percurso de elite da École Nationale d’Administration (ENA), berço de boa parte das lideranças políticas e económicas francesas. Mais tarde, alargou horizontes com formação executiva em Stanford, nos Estados Unidos. Foi no Ministério da Economia e Finanças francês que começou a carreira, onde teve responsabilidades na regulação dos mercados e na representação do Tesouro. Pouco depois, integrou o universo BPCE, onde passou por diversas funções de topo, incluindo a liderança da Natixis e, já em 2020, o cargo de Chief Financial Officer do grupo.

Muitas vezes caracterizado como discreto mas determinado, Nicolas Namias é visto como o principal arquiteto da estratégia “Vision 2030” do BPCE, que traça objetivos ambiciosos: conquistar dois milhões de novos clientes até ao final da década, acelerar a digitalização do serviço bancário e alcançar lucros anuais acima dos 5 mil milhões de euros. Com essa estratégia, o grupo visa ainda reduzir o rácio de eficiência para 66 %, reforçando simultaneamente a sua presença no setor segurador e na banca por canais digitais.

Sob a sua liderança, o grupo voltou-se para oportunidades de crescimento sustentado fora de França. A compra do Novo Banco insere-se nesse movimento. A operação, que poderá ser formalizada em breve, permite ao BPCE entrar no mercado português com um ativo já consolidado, num contexto de estabilidade e sem os riscos sistémicos de outros tempos. A relação anterior do grupo com Portugal, através da Natixis, é limitada ao setor tecnológico, o que garante uma entrada mais neutra e menos contestada.

Se a venda for concluída, Nicolas Namias assumirá um novo papel na banca nacional: o de gestor estrangeiro de um banco com raízes profundamente ligadas à história recente da economia portuguesa. A forma como conduzir a integração, sem agitar o mercado e com respeito pela cultura local poderá definir o seu legado internacional no setor. E confirmar que, por detrás do perfil discreto, está um líder metódico e preparado para decisões de alto impacto.

 

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