O Banco Internacional de Pagamentos (BIS, na sigla inglesa) nomeou Tommaso Mancini-Griffoli como diretor do Centro de Inovação desta instituição, iniciando em março um mandato de cinco anos. Atualmente, Mancini-Griffoli é diretor-adjunto de Pagamentos, Moedas e Infraestruturas no Fundo Monetário Internacional (FMI).

A chegada ao BIS surge na sequência da saída de Cecilia Skingsley, que foi nomeada governadora do Conselho Administrativo do Condado de Estocolmo em junho deste ano. Até à entrada do novo diretor, o Centro de Inovação vai ser liderado pela diretora-geral adjunta do BIS, Andréa M Maechler segundo informa a instituição em comunicado.

Como diretor do Centro de Inovação, Mancini-Griffoli vai ser também membro da Comissão Executiva do BIS.

No FMI desde 2011, Tommaso Mancini-Griffoli já passou por vários cargos de liderança, adianta o BIS, em áreas como política monetária, operações de bancos centrais, pagamentos e infraestruturas de mercados financeiros. De momento, é o presidente do Grupo de Coordenação do FMI sobre Dinheiro Digital e representa a instituição em fóruns internacionais.

Antes de chegar ao FMI, foi conselheiro senior da administração do Banco Nacional da Suíça em questões de política monetária e teve passagens pelo Goldman Sachs, Boston Consulting Group e uma ‘startup’ tecnológica de Silicon Valey.

Conta com uma licenciatura em Economia e em Relações Internacionais pela Universidade de Stanford, um mestrado em Economia na London School of Economics e um doutoramento em Economia pelo Graduate Institute de Genebra.

O Centro de Inovação do BIS, de acordo com a instituição, tem como missão “promover a colaboração entre bancos centrais em tecnologia financeira inovadora”. O BIS Innovation Hub tem presença global em sete centros em todo o mundo – em Frankfurt/Paris (para o Eurosistema), Hong Kong SAR, Londres, Singapura, Estocolmo (para os países nórdicos), Suíça e Toronto. O BIS Innovation Hub também tem uma parceria estratégica com o Sistema da Reserva Federal.

“Através do seu amplo portfólio de projetos, o BIS Innovation Hub trabalha em conjunto com parceiros de bancos centrais para explorar projetos com potencial para aumentar a resiliência e a eficiência do sistema financeiro global. Também monitoriza tendências críticas em tecnologia que afetam os bancos centrais, trabalha em estreita colaboração para complementar o trabalho de investigação do BIS e serve como ponto focal para uma rede de mais de 200 especialistas em inovação de bancos centrais”, sublinha a entidade.