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“Triste e degradante”: maioria dos CEO dos grandes bancos mostra-se preocupada com situação política
Presidentes de bancos destacam que a instabilidade pode afetar a economia. Apesar disso, alguns mostram otimismo nas capacidades dos empresários.
12 Mar 2025 - 16:31
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Foto: Cristina Bernardo | Media9
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Foto: Cristina Bernardo | Media9
Presidentes dos principais bancos mostraram-se descontentes com a crise política, durante a conferência Fórum Banca, que decorreu nesta quarta-feira em Lisboa, considerando que a regular instabilidade política pode perturbar uma economia para já estável.
“O que se passou recentemente era tudo o que não precisávamos, a instabilidade é má para o sistema”, disse o presidente do Banco Montepio, Pedro Leitão, apesar de sublinhar que, mesmo assim, é importante reconhecer que estamos a trabalhar no âmbito de um regime democrático estável. Já o presidente do Banco Santander Totta, Pedro Castro e Almeida, considerou que, apesar da estabilidade económica atual e de continuarem os investimentos em Portugal, se estas situações se mantiverem, corroem a economia.
O presidente do BCP, Miguel Maya, por outro lado, disse ser “otimista” e que a “qualidade dos empresários portugueses na última década mostra que se pode confiar no país”.
Mais duros nas palavras foram os presidentes de BPI e Crédito Agrícola. Licínio Pina, do Crédito Agrícola, considerou “degradante” ao que a política chegou e anteviu que “dificilmente haverá pessoas com qualidade a querer exercer funções públicas face à exigência feita à pessoa e à sua família”. João Pedro Oliveira e Costa, do BPI, acrescentou que perante o que viu “há uma falta enorme de indignação”. E rematou: “Tenho quase vontade baixar os braços, questionar se vale a pena votar, se alguém nos ouve”, afirmou.
Os presidentes da Caixa Geral de Depósitos e do Novo Banco não estiveram presentes na conferência.
Na terça-feira, o parlamento chumbou a moção de confiança apresentada pelo Governo, provocando a sua demissão. Nesta quarta-feira, o Presidente da República recebe os partidos políticos com assento parlamentar no Palácio de Belém para discutir a crise política e o cenário de legislativas antecipadas. Marcelo Rebelo de Sousa tinha sinalizado que, se a moção de confiança fosse rejeitada, provocando a queda do Governo, o “calendário eleitoral” apontaria para meados de maio.
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