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2025 traz mais consolidações à banca europeia

Segundo a revista “The Banker”, o ano de 2025 vai trazer mais fusões e aquisições ao setor, impulsionadas pelo excesso de capital e pressões para continuar a cortar custos.

15 Jan 2025 - 13:31

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Foto: Freepik

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Os bancos europeus preparam-se para uma onda de consolidação em 2025, impulsionadas pelo excesso de capital acumulado devido a taxas de juros elevadas e pressões de custos crescentes. É esta posição que defendem analistas, num artigo publicado na revista The Banker.

Os bancos UniCredit e BBVA lideram operações de maior destaque em Itália e Espanha, respetivamente, mas enfrentam obstáculos regulatórios e políticos. Mercados fragmentados como Itália, Espanha, Alemanha e regiões da Europa Central e Oriental, como a Polónia, oferecem oportunidades. Por outro lado, os bancos estão focados em diversificar receitas por meio de negócios que dependem menos de ativos e geram mais comissões, antecipando futuros cortes nas taxas de juros pelo BCE.

Contexto e tendências

Em 2024, as fusões e aquisições bancárias na Europa atingiram um valor recorde de $31 mil milhões (9,5 mil milhões de euros), com 55 operações concluídas ou pendentes. O ambiente é propício para mais fusões em 2025, já que os bancos procuram manter a rentabilidade e investir o capital excedente. Destacam-se o interesse do UniCredit pelo Banco BPM em Itália e a proposta de $12 mil milhões de euros do BBVA pelo Banco Sabadell em Espanha, salienta a revista.

O excesso de capital acumulado num cenário de taxas elevadas e as previsões de cortes futuros pressionam os bancos a buscar maior eficiência e diversificação. Modelos “leves em ativos” e geradores de comissões têm ganhado destaque, enquanto a digitalização e um crescimento de receitas fraco impulsionam a necessidade de escala.

Itália com setor fragmentado

O setor bancário italiano é um dos mais fragmentados na Europa. O UniCredit propôs uma oferta hostil de €10,1 mil milhões pelo Banco BPM, o que o tornaria o segundo maior banco do país. No entanto, o gigante francês Crédit Agricole aumentou a sua participação no BPM, o que pode dificultar os planos do UniCredit.

Caso esta aquisição não avance, o UniCredit liderado por Andrea Orcel pode procurar outros alvos, como o BPER Banca. O governo italiano, por sua vez, pode preferir fusões entre bancos menores, como o Monte dei Paschi, BPER e Credem, para criar uma terceira força no mercado.

Espanha palco do maior negócio

A OPA do BBVA pelo Banco Sabadell destaca-se como o maior negócio esperado em 2025. Caso se concretize, será o maior negócio bancário europeu em mais de uma década. No entanto, o processo enfrenta análises regulatórias que podem atrasar a transação. Além disso, os bancos regionais de poupança estão sob pressão, e outras consolidações podem ocorrer, especialmente se o BCE aumentar os requisitos de capital. Segundo Alessandro Boratti, analista da Scope Ratings, contactado pela revista “The Banker”, rumores indicam que o Santander pode ter interesse no Novobanco, em Portugal.

Alemanha com resistência política

As fusões e aquisições no setor financeiro enfrentaram uma resistência política significativa pelo governo de Olav Scholz, todavia tudo indica que o governo não se vai manter em 2025 e que a instabilidade do governo pode atrasar fusões até pelo menos 2026. Recorde-se que o UniCredit adquiriu 21% do Commerzbank, gerando desconforto na Alemanha. Os analistas defendem que o setor público de bancos (Landesbanks) continua com baixa rentabilidade, podendo eventualmente trazer oportunidades de consolidação.

Europa Central e Oriental promissora

A Polónia surge como mercado promissor, apesar dos riscos legais associados a hipotecas em moeda estrangeira. Bancos que já operam na região podem expandir as suas operações, consolidando a sua presença.

Obstáculos e perspetivas

Apesar das condições favoráveis, barreiras políticas e regulatórias permanecem. Em Itália e Alemanha, sinais contraditórios de reguladores e governos dificultam grandes fusões. Ainda assim, a necessidade de eficiência e competitividade pressiona por consolidações. Espera-se que 2025 traga mais integração vertical e negócios locais, com foco em diversificação de receitas e ganhos de escala.

 

 

 

 

 

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