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Analistas preveem estagnação nas taxas de juro dos EUA até final do ano e BCE a descer até 1,75%
Probabilidade de recessão americana reduz de 70% para 60%. Apesar da descida neste ano, analistas estimam subida de 50 pontos base em 2026.
28 Mai 2025 - 12:19
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Foto: BNP Paribas
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Foto: BNP Paribas
Até ao final de 2025, espera-se que o Banco Central Europeu faça mais dois cortes nas suas taxas de juro de referência, baixando as mesmas para 1,75%, com cortes em junho e em setembro. Já os EUA devem manter as taxas de juro em 4,5%, patamar onde se situam agora. Esta é a previsão dos analistas do BNP Paribas, que estimam também uma nova subida das taxas na Zona Euro na segunda metade de 2026.
Numa sessão com jornalistas, os analistas explicaram as suas previsões, que derivam largamente da política fiscal norte-americana e o seu rumo. De momento, os EUA estão em negociação com a China e com a União Europeia para aliviar as tarifas entre as partes. Segundo os cálculos destes analistas, mesmo após a moderação nas tarifas a aplicar, estes estimam que o PIB mundial vai ser reduzido em 0,6% até ao final de 2026, quando comparado com um cenário sem tarifas. Esta situação terá mais impacto na economia americana do que na maioria das restantes.
A par disto, consideram ainda que o dólar não recuperou a confiança e a atratividade de ativos em dólares americanos não foi restaurada. Assim, esperam que outros países, nomeadamente na Europa, não mudem a sua posição de reduzir a dependência nos EUA. Contudo, a possibilidade de recessão nos EUA é agora mais reduzida para os analistas do BNP Paribas. Esta probabilidade baixa agora de 70% para 60%.
Sobre as taxas de juro nos EUA, os analistas mantêm a visão de que a Reserva Federal deve manter as taxas neste ano, dando lugar a cortes apenas em 2026. Segundo a análise, “os riscos estão equilibrados: tarifas mais baixas podem levar a cortes mais rápidos, enquanto crescimento robusto e inflação persistente podem atrasa-los e até iniciar discussões sobre possíveis subidas”.
No que toca aos países do euro, os acontecimentos relativos às tarifas “não vão estragar os planos da Europa de ser mais autónoma”, especialmente na área da defesa, consideram. É esperado maior crescimento, inflação e taxas de juro a médio termo, tendo a política fiscal alemã uma posição preponderante, alertam.
“Apesar de anteciparmos que a UE pode negociar as tarifas para 10%, o caminho até este acordo vai ser complicado. Incerteza, ainda que reduzida, continua alta e vai pesar na atividade económica nos próximos trimestres”, sublinham.
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