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Aumento da fragmentação financeira dificulta crescimento económico
As crescentes tensões geopolíticas e a emergência continuada de novos players a processarem transações dificultam a manutenção do sistema estabelecido a nível global.
15 Jan 2025 - 10:14
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Foto: Freepik
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Um novo relatório da Economist Impact, pedido pela rede global de pagamentos Swift, destaca o custo crescente da fragmentação financeira nos países, economias, empresas e nos cidadãos.
Após décadas de integração económica global, esta situação começou a ser desfeita, com o mundo a enfrentar níveis crescentes de fragmentação financeira, conclui a análise.
Num ecossistema financeiro global em constante evolução, alguma fragmentação é simplesmente o resultado do progresso. A inovação, as novas tecnologias e a concorrência estão a impulsionar mudanças positivas que estão a transformar o panorama financeiro mais rapidamente do que nunca, destaca o relatório.
Os consumidores e as empresas têm agora mais escolha na forma como efetuam as suas transações “e isto não está a abrandar”, referem os analistas. Porém, “à medida que novas redes, formas de valor e métodos de movimentação de dinheiro continuam a multiplicar-se, encontrar formas de manter estas várias peças ligadas para que o valor possa circular sem problemas em todo o mundo é um desafio. Mas é um desafio baseado na crença partilhada de que um mundo interligado é um mundo mais próspero para todos”, acrescentam.
Outras formas de fragmentação, no entanto, vêm de um lugar diferente. Nomeadamente, das tensões geopolíticas, pela dissociação tecnológica e pela fragmentação geoeconómica. “Em todo o mundo, os governos estão a voltar-se para dentro, uma tendência que acarreta riscos e consequências económicas preocupantes”, destaca o relatório, que conclui que a situação vai levar “a um mundo mais fraturado” e “tornar também o mundo mais pobre”.
O custo da fragmentação
A análise oferece novos dados e perspetivas sobre os desafios que os países e as suas economias poderão enfrentar num panorama financeiro fragmentado.
As conclusões deixam claro que a fragmentação “não beneficia ninguém”. Nomeadamente, “acrescenta fricção ao comércio internacional e dificulta o crescimento económico à escala global, com perdas previstas do PIB global que variam entre -1,2% até 2030, no melhor cenário, e quase -6%, ou o equivalente a 6,5 biliões de dólares, no pior cenário”.
Se a fragmentação financeira se agravar, revela o estudo, serão criados cerca de 280 milhões de postos de trabalho a menos, a inovação abranda, os esforços de inclusão financeira são dificultados e o risco e a incerteza aumentam.
Futuro dos pagamentos moldado por ecossistema diversificado
A análise destaca que um ecossistema financeiro conectado “é vital para melhorar as economias e as vidas”. E mostra que é possível evitar os piores impactos da fragmentação. No entanto, nenhum país ou instituição o pode fazer sozinho.
“O futuro dos pagamentos será moldado por um ecossistema diversificado de diferentes formas de valor, modelos, redes, fornecedores e tecnologias que continuarão a expandir-se e a coexistir. Facilitar a integração – e o diálogo e a cooperação necessários para construir um ecossistema financeiro seguro, fiável, eficiente e interligado – é a razão pela qual a Swift foi criada e continua a ser a nossa missão atualmente”, ressalta a rede de pagamentos global.
E destaca: ”Através de uma maior colaboração internacional, cooperação e um compromisso com a interoperabilidade, juntos podemos promover uma economia global resiliente e interligada que beneficie todos”.
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